Domingo de manhã o programa de família será no Estádio Hailé Pinheiro com minha esposa Luciana e nosso filho João Francisco. Fomos convidados pelo Presidente do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube, Edminho Pinheiro, para inauguração de um belíssimo camarote que foi construído no Estádio Hailé Pinheiro.

Um local especial e montado com toda estrutura necessária e lúdica para receber crianças, jovens e adultos autistas e com TDAH – Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

O camarote é uma sala sensorial. Ambientada de forma a tornar o jogo mais proveitoso e tranquilo para os torcedores com autismo e TDAH. Terá brinquedos, puffs, televisão e videogame.

O Goiás se torna pioneiro no Centro-Oeste e aponta um caminho a ser seguido por outros clubes. A inclusão é necessária em todos os segmentos da sociedade e o esporte tem papel importantíssimo nesta trajetória.

Vejo isso de forma clara quando levo meu filho João Francisco, 3 anos, para as aulas de natação (é o momento especial da semana). Ele tem uma rotina muito pesada. Atualmente são 17 horas de terapias de segunda à sábado, além de escola especial.

Folga apenas no domingo e tudo que é feito agora é pensando no futuro. Logo quando ele aprende algo e faz de forma funcional como outras crianças, para nós é como um gol.

Logo depois que João recebeu o diagnóstico do TEA (Transtorno do Espectro Autista), Luciana disse uma frase que me marcou bastante: “Precisamos zerar as expectativas”. Todavia tivemos um novo começo em nossa caminhada para o crescimento do nosso garoto, que a cada dia está mais esperto e inteligente.

Em contrapartida temos o sentimento de gratidão por termos o João na nossa vida. É missão, aprendizado e amor. Afinal nada é por acaso.

João Francisco

AUTISMO

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade.

IDENTIFICAÇÃO

A observação nos atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.