O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas (Cimehgo), André Amorim, disse à Sagres 730 nesta sexta-feira (7), que a ação humana é principal causador de queimadas no Estado. André Amorim ressaltou que queimadas são danosas ao meio ambiente, à saúde e ao desenvolvimento econômico.

“Nós não estamos tendo uma situação de fogo espontâneo, temperatura ou umidade relativa que estivesse contribuindo para acontecer, além disso, o fogo espontâneo é muito raro de acontecer. Essa situação que estamos vendo, infelizmente, é a ação humana, que mais uma vez demostra uma situação complicada de controle”.

O Boletim Queimadas produzido pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), apontou que a região Sudoeste de Goiás teve um aumento de 69% nos focos de queimada em julho de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O local foi destaque em todo Estado, registrando 120 focos em julho de 2020 contra 71 em 2019. De acordo com o boletim, a Região Sudoeste do Estado, apenas nos dois primeiros dias de agosto, teve 16 focos de queimadas, enquanto que, nos 31 dias do mesmo mês do ano passado, foram 92 registros.

Chapadão do Céu foi o município do Sudoeste com mais incêndios, um total de sete casos registrados. Quase todo o Estado de Goiás segue com risco de incêndio alto e com pequenas áreas que registram risco moderado. De acordo com gerente do Cimehgo, em 2019 a região Norte teve maior incidência de focos. “Ano passado a região Sudoeste não foi a ‘campeã’ de focos de queimadas. A região Norte despontou muito, apesar que agosto e setembro são os piores meses porque é o período de estiagem”, disse.

Goiás já está com mais de 70 dias sem chuva em algumas regiões e a umidade relativa do ar em declínio, o monitoramento realizado por meio de satélite detectou, em julho de 2020, um total de 402 focos. Já em julho de 2019 foram 403 focos de queimadas registrados em todo o Estado.