Dados do Instituto Mauro Borges (IMB) apontaram que 285 mil pessoas não foram alfabetizadas na idade certa em Goiás. Para combater essa taxa de analfabetismo, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está com 1.340 vagas abertas do programa Alfabetização e Família em 39 cidades.

Assista na íntegra:

“Esse projeto acontece desde 2019 para combater o analfabetismo em Goiás das pessoas que a gente considera que não sabem ler e escrever dentro de uma funcionalidade. Temos esse dado do Instituto Mauro Borges que tem 285 mil pessoas que ainda não sabem ler e escrever”, explicou a superintendente de modalidades de temáticas especiais da Seduc, Núbia Silva.

O programa está com inscrições abertas pelo telefone (62) 3243-6764 ou pelo e-mail [email protected]. De acordo com Silva, o objetivo do projeto é dar oportunidade às pessoas com maior vulnerabilidade social que não foram alfabetizadas na data certa, e para atender esse público adulto, possui tempo curto e flexibilidade nas aulas.

“O projeto tem duração de seis meses. A Seduc contrata um alfabetizador que vai até o ambiente social da pessoa que vai ser alfabetizada. Ela não tem que fazer matrícula na escola, não tem que frequentar aulas normais, é um projeto específico para essas pessoas. As aulas são flexíveis em dias e horários de acordo com a disponibilidade da pessoa que será alfabetizada”, disse.

O programa prevê a formação de grupos de no mínimo cinco pessoas e no máximo 10 alunos. Segundo Silva, esses grupos podem ser formados em locais como associações de bairros, igrejas, comunidades, ongs, feiras e salão paroquial. “Onde o alfabetizando estiver inserido socialmente é lá que as aulas vão acontecer”, pontuou a superintendente.

Transformação de vidas

A superintendente da Seduc afirmou que o programa Alfabetização e Família já formou 410 pessoas em 10 municípios da região do Nordeste Goiano, que segundo dados do Instituto Mauro Borges, eram os 10 municípios de maior vulnerabilidade na época. Silva revelou que muitas pessoas buscaram realizar sonhos após a alfabetização.

“Temos depoimentos de pessoas que tiraram carteira de motorista após o curso; que trocaram a carteira de identidade porque queriam assinar e não só colocar o dedo lá; pessoas que queriam ler a bíblia; fazer lista de supermercado. Temos muitos depoimentos de pessoas que transformaram suas vidas após serem alfabetizadas”.

Núbia Silva destacou ainda que depois de ser alfabetizado no programa Alfabetização e Família, o estudante pode acessar a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e continuar a vida acadêmica até se formar numa universidade.

“Ele entra na primeira etapa da EJA para concluir o Ensino Fundamental 1, depois faz o Ensino Fundamental 2, Ensino Médio da EJA. E pode fazer depois o Enem e entrar numa universidade e dar continuidade na vida acadêmica”, citou o processo Silva.

Leia mais: