A superintendente de vigilância em saúde de Goiás, Flúvia Amorim, disse em entrevista à Sagres que Goiás não tem nenhum caso confirmado de varíola dos macacos. “Até o momento nenhum caso de varíola foi confirmado. Tivemos sete casos notificados e, destes casos, dois foram descartados e cinco estão em investigação”, afirmou.

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Conforme explicou Amorim, a vigilância está aguardando os resultados de exames dos casos suspeitos para confirmar ou descartar. Na manhã desta quinta-feira (7), o Ministério da Saúde confirmou o registro de 36 novos casos de varíola dos macacos (Monkeypox) no país. Com isso, já são 142 pessoas infectadas com a doença viral causada pelo vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Vírus). 

Flúvia Amorim ressaltou que a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) está vigilante em relação à doença no estado e destacou que não é preciso esperar a confirmação da infecção para que ações emergenciais sejam tomadas. A gestora detalhou o que a SES-GO orientou as secretarias municipais a fazerem em relação aos casos suspeitos da doença.

“Para cada caso suspeito já são desencadeadas algumas ações, como busca ativa de contatos, colocar em isolamento e em monitoramento. A gente faz a coleta de todos os exames para fazer a confirmação ou descarte. Isso em relação à pessoa com suspeita”, disse.

A superintende informou que no dia 20 de junho houve a primeira ação de capacitação de profissionais no estado sobre a forma adequada de atender casos suspeitos de varíola dos macacos. Na ocasião, participaram médicos, enfermeiros e biomédicos.

“A intenção é preparar esses profissionais para que caso eles atendam um paciente suspeito, eles saibam conduzir de forma adequada. A gente não precisa esperar para tomar providências, mesmo antes já estamos capacitando os profissionais para que tenham uma conduta correta”, analisou Flúvia.

Principais sintomas

A superintendente Flúvia Amorim ressaltou a importância das unidades de saúde notificarem imediatamente a vigilância epidemiológica local para que sejam tomadas medidas que evitem a disseminação da doença. Ela ainda relatou os sintomas mais comuns da infecção de varíola dos macacos.

“O principal sintoma são as lesões na pele. São lesões características que parecem uma espinha, que pode ser única ou múltipla. É parecido também com catapora, falo catapora porque muita gente conhece. As pessoas podem ter febre, apresentar caroços, que a gente chama de ínguas, no pescoço, na axila, na virilha, são os sintomas característicos que a gente pode suspeitar de varíola”, informou.

Segundo Flúvia Amorim, todos os casos suspeitos em Goiás têm histórico de viagem, o que pode descartar a possibilidade de infecção local. Ela disse que os casos são considerados suspeitos de acordo com o critério definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. “Eles se enquadraram nessa definição de caso [suspeito] e por isso estão sendo investigados”, avaliou.

A gestora da vigilância em saúde orientou que na ocorrência de qualquer um dos sintomas característicos de varíola dos macacos, a pessoa procure imediatamente a assistência de saúde, para que seja feita a conduta adequada. 

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