A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) divulgou nesta quarta-feira (23) os números atualizados da força tarefa Goiás Contra o Aedes, iniciada em janeiro deste ano. O objetivo da operação é eliminar ou reduzir a menos de 0,1% o índice de focos do mosquito Aedes Aegypti em cada município do estado. O inseto é responsável pela transmissão da dengue, febre chikungunya e Zika vírus.
Em Goiás, de janeiro a 22 de março, a redução foi de 17 mil focos do inseto, o que representa uma queda de iniciais 4% para 1,31% de imóveis com criadouros neste primeiro trimestre. O secretário Leonardo Vilela comemora o resultado, que foi constatado em pleno período de chuvas no estado.
“Isso representa mais de 70 milhões de mosquitos que foram impedidos de nascer, que estariam hoje picando as pessoas e transmitindo as doenças, e nós já começamos a ver que há uma queda no número de casos notificados a cada semana. Há uma queda em pleno período chuvoso, isso é extremamente positivo. Isso mostra que a nossa estratégia de ir em casa em casa combatendo o foco, eliminá-lo e orientar o morador está sendo bem-sucedido”, ressaltou.
Vilela se referiu à redução de casos, que passou de 189.421 no mesmo período do ano passado para os atuais 72.319. No entanto, em relação às mortes, o levantamento registrou aumento de 50%. Em todo o ano de 2015, 92 mortes foram confirmadas, 24 só nos primeiros três meses. Em 2016, 36 óbitos por suspeita de dengue estão sendo investigados. Para o secretário, uma das razões é o fato da doença ser mais forte, caso a pessoa seja contaminada mais de uma vez.
“Normalmente a segunda infecção por dengue é mais grave, aparecem mais complicações. Então isso pode ser um dos motivos pelos quais nós temos um maior número de óbitos suspeitos por dengue neste início de 2016. Sem dúvida, está provado que quando a pessoa tem uma infecção por dengue e depois contrai por outro tipo, essa segunda infecção é mais grave”, explica.
Apesar disso, um levantamento preliminar realizado em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO), mostra que 76 municípios do estado estão índice de focos do mosquito abaixo de 1%. Entre estes, três estão com número zero de criadouros nos domicílios. São eles: Alto Paraíso de Goiás, no norte, Mairipotaba, na região central e Porteirão, no sul do estado.
Confira a lista das 76 cidades com índice considerado satisfatório no combate ao mosquito:
Abadia de Goiás 0,90%
Alto Paraíso de Goiás 0,00%
Amaralina 0,33%
Americano do Brasil 0,73%
Anicuns 0,47%
Aporé 0,07%
Avelinópolis 0,21%
Barro Alto 0,30%
Bom Jardim de Goiás 0,98%
Bonópolis 0,83%
Brazabrantes 0,45%
Caçu 0,96%
Caldazinha 0,71%
Campinaçu 0,47%
Campinorte 0,26%
Campo Limpo de Goiás 0,73%
Castelândia 0,49%
Cezarina 0,10%
Chapadão do Céu 0,42%
Cristianópolis 0,87%
Cromínia 0,17%
Damianópolis 0,56%
Davinópolis 0,42%
Edeia 0,89%
Firminópolis 0,76%
Formoso 0,45%
Goianápolis 0,59%
Guarinos 0,55%
Hidrolina 0,72%
Inaciolândia 0,51%
Inhumas 0,88%
Itaberaí 0,54%
Itajá 0,41%
Jandaia 0,88%
Jesúpolis 0,61%
Mairipotaba 0,00%
Matrinchã 0,18%
Montividiu 0,32%
Montividiu do Norte 0,77%
Moçâmides 0,81%
Mozarlândia 0,27%
Mundo Novo 0,34%
Nova América 0,89%
Nova Iguaçu de Goiás 0,33%
Nova Veneza 0,60%
Novo Brasil 0,68%
Novo Planalto 0,80%
Ouro Verde de Goiás 0,67%
Ouvidor 0,64%
Palmeiras de Goiás 0,75%
Perolândia 0,25%
Petrolina de Goiás 0,24%
Pilar de Goiás 0,15%
Piracanjuba 0,55%
Pontalina 0,74%
Porteirão 0,00%
Rialma 0,38%
Sanclerlândia 0,80%
Santa Bárbara de Goiás 0,23%
Santa Fé de Goiás 0,45%
Santa Isabel 0,50%
Santa Rosa de Goiás 0,83%
Santa Tereza de Goiás 0,66%
Santo Antônio de Goás 0,76%
São Domingos 0,98%
São João da Aliança 0,50%
São Luís de Montes Belos 0,51%
São Miguel do Araguaia 0,86%
Simolândia 0,73%
Taquaral de Goiás 0,78%
Três Ranchos 0,75%
Uirapuru 0,44%
Varjão 0,26%
Vicentinópolis 0,29%
Vila Boa 0,20%
Vila Propício 0,69%
