Na última segunda-feira (19), atendendo instruções da Fifa, o STJD publicou um comunicado recomendando para que a comissão de arbitragem e os delegados das partidas relatem a partir de agora casos de homofobia nos estádios. Uma medida de acordo com a recente determinação do Supremo Tribunal Federal de que discriminações por orientação sexual e identidade de gênero são crimes no Brasil.

Motivada por isso, a reportagem das Feras do Kajuru na Rádio Sagres procurou a opinião e o posicionamento dos clubes goianos no Campeonato Brasileiro. Mauro Machado, vice-presidente de futebol do Goiás e presidente executivo em exercício na ausência de Marcelo Almeida nessa semana, viu “com muito bons olhos a posição do STJD. Essas situações de homofobia já não são mais toleráveis”.

Mauro Machado (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

“Temos que construir uma sociedade igual. Com toda diversidade que tem, não adianta fecharmos os olhos e temos que conviver da maneira mais pacífica possível”, defende o dirigente esmeraldino. “Todas as pessoas têm direito de se manifestar da maneira que querem, mas jamais podemos aceitar e compactuar não só em relação à homofobia, como racismo e qualquer tipo de preconceito”, complementa.

Felipe Bevilacqua, Procurador Geral do STJD, também recomenda que clubes e federações realizem campanhas de conscientização com atletas e torcedores. Mauro Machado ressalta que “claro que vamos ter preocupação em relação à orientação. Com os atletas fica mais fácil fazer palestras. Em relação aos torcedores, vamos fazer campanhas para conscientizar para que isso não aconteça mais nos nossos jogos”.

Presidente do órgão, Paulo César Salomão Filho já havia anunciado em junho que o STJD punirá os clubes com multa ou perda de pontos devido a cânticos homofóbicos. Durante a Copa América, organizada pela Conmebol, a CBF foi multada por gritos de “bicha” no jogo entre Brasil e Bolívia, no estádio do Morumbi. A federação também chegou a ser multada pela Fifa durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 pelo mesmo grito.

Confira as declarações dos presidentes dos clubes goianos a respeito do tema:

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