O presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar, afirmou à Sagres 730 que a pasta recebeu, de março até agora, R$ 48 milhões de pedidos de empréstimo. Foram aprovados R$ 23 milhões, cerca de 20% foram indeferidos e os demais estão em análise. “Ainda temos um espaço bom para receber propostas e pedidos, nós fizemos uma série de ações para desburocratizar os processos”, afirmou. “Conseguimos esse alto índice e quase 50% dos pedidos foram aprovados. Isso totaliza 3,8 mil empresas beneficiadas com as ações do Governo de Goiás”.

Essa medida foi adotada pelo governo estadual para minimizar os efeitos financeiros causados pela pandemia do novo coronavírus. De acordo com Rivael Aguiar, ainda tem recursos de empréstimos para as micro e pequenas empresas. Há o Microcrédito Produtivo Pessoal, que atende MEI, microempresa e pessoas físicas que trabalham em segmentos específicos, como profissionais liberais e que tenham renda bruta anual de R$ 360 mil.

Para área do turismo, tem o GoiásFomento Capital de Giro, que atende o setor do turismo e similares, como bares, restaurantes, empresas organizadoras de eventos, hotéis e pousadas. Para ter acesso as empresas interessadas devem ser participantes do Simples, estar inscritas no Cadastur e operar em todos os municípios goianos, que integram o Mapa de Turismo do Estado de Goiás.

A GoiásFomento, trabalha com taxas de juros mais baixas que a média do mercado, segundo Rivael, a agência é uma instituição financeira que não visa o lucro, “o lucro da GoiásFomento é revestido na atividade finalística”, disse. Outra vantagem, é que o empresário não tem contrapartida, “ele vai levar exatamente o que ele precisa”. Ele receberá consultoria gratuita para fazer orientação quanto à estratégia de aplicação do recurso e renegociação de dívidas. “

Transporte coletivo

Há um movimentação da Prefeitura de Goiânia para viabilizar um empréstimo de R$ 100 milhões às empresas que exploram o transporte coletivo na Capital. Os esforços são para garantir a viabilidade do sistema diante do impacto socioeconômico da pandemia provocada pelo Coronavírus (Covid-19). As tratativas são realizadas pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) junto à Agência de Fomento de Goiás (Goiás Fomento), organismo criado pelo Governo do Estado para concessão de financiamento com foco no desenvolvimento e na redução das desigualdades sociais e regionais.

A GoiásFomento está avaliando a proposta e depois será repassado para o Governo Estadual, porque segundo Rivael Aguiar, é um valor alto e são empresas que não fazem parte do público-alvo da pasta. “Para fazer uma linha especial para empresas do transporte coletivo, nós precisaríamos de uma solução diferente das que temos hoje”, afirmou. “Acreditamos que até amanhã nós consigamos analisar e deliberar ao governador essa proposta da prefeitura”.

Na avaliação da GoiásFomento, três fatores são considerados: 1. captação do recurso, “precisa verificar com diversos atores do mercado financeiro para ver a possibilidade e interesse”. 2. questões legais, “temos que verificar se precisa de alguma lei para criar um fundo, ou autorizar a GoiásFomento a proceder essa linha de crédito”. 3. e as garantias para viabilizar o empréstimo.

Transporte complementar

Outra questão apresentada à GoiásFomento, foi o o projeto de lei de nº 2280/20 que autoriza os proprietários autônomos de vans escolares e de turismo a realizarem serviços de transporte público complementar na região metropolitana de Goiânia durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Durante reunião com o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), representantes da categoria, foi apresentado uma proposta de criação de uma linha de crédito especial voltada para a categoria, na capital e em outros municípios do estado.

“O governador pediu pra gente verificar essa linha de crédito. Nós temos três linhas de crédito que atende de imediado, na próxima semana vamos nos reunir com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) para criar essa linha de crédito mais favorável, como uma taxa de juros especial ou um prazo maior para pagamento”.