O governador Alcides Rodrigues economizou nas palavras ao comentar decisão da Justiça Federal que cria mais um obstáculo para a liberação do empréstimo de R$ 3,7 bilhões ao Estado para sanear as contas da CELG.
Alcides disse que vai respeitar a decisão da juíza Luciana Laurenti, da 4ª vara Federal, de reter em juízo a primeira parcela de R$ 1,2 bilhões do empréstimo.
No entanto, afirmou que a Procuradoria Geral do Estado está tomando as medidas necessárias para suspender ou derrubar a decisão da Justiça Federal. “Nosso governo lutou tanto, durante quatro anos, buscando uma solução para esta empresa que representa desenvolvimento, progresso para o nosso Estado”, ponderou.
O governador disse que os prejuízos para a empresa, caso o empréstimo não seja liberado, são imprevisíveis e voltou a falar que quem vai pronunciar sobre o assunto é a Procuradoria do Estado.
Em entrevista à RÁDIO 730, o Procurador Geral do Estado, Anderson Máximo, prometeu apresentar recurso para derrubar a decisão.
Ele lembra que a juíza Luciana Laurenti concedeu a liminar sem o Estado se pronunciar sobre a ação ajuizada pelo Ministério Público Federal. “Ainda não tínhamos tido possibilidade jurídica de manifestar sobre o conteúdo da ação. Estamos formatando os recursos necessários para apresentá-los esperando reverter essa decisão”.
Máximo disse ainda que a decisão não questiona legalidade do contrato de empréstimos da CELG com o governo federal. “O contrato está válido, mas o grande problema são as conseqüências financeiras que o bloqueio desse depósito deve gerar”.