Foto: Assessoria/Divulgação

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) disse nesta quarta-feira (11) que está disponível para ser candidato a presidente da República na eleição de 2022, para representar o campo da centro-esquerda. Dino estará hoje em Goiânia para participar do evento sobre lawfare (uma forma de guerra na qual a lei é usada como arma), numa promoção da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (Adufg) e da Faculdade de Direito. Ele vai fazer a exposição de abertura sobe o tema “Lawfare político, instrumento de destruição do inimigo por meio de processo aparentemente legal”.

Questionado sobre o fato de a esquerda ter sido desarticulada no período pós-eleições 2018, e se poderia ser candidato à Presidência da República, Flávio Dino diz que a possibilidade existe, mas que não depende apenas dele.

“É uma possibilidade, muitos falam disso, mais do que eu próprio, e eu não posso adotar aquela atitude de dizer ‘não, isso não existe’. É claro que pode existir, como não existir. Depende de uma série de outros fatores fora da minha esfera de decisão. Não é algo que possa ser definido individualmente”, afirma.

Questionado sobre a influência do PT nas eleições, Flávio Dino não descarta o diálogo com a sigla. “Ter uma posição de diálogo é fundamental nesse diálogo. É uma força política muito importante, muito representativa no Brasil”, argumenta.

Flávio Dino e até o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), têm sido alvo de ataques por parte do presidente Jair Bolsonaro. Durante a entrevista, o chefe do Executivo estadual maranhense deu sua nota ao governo do presidente eleito.

“É um governo muito heterogêneo. Nós temos algumas áreas em que os ministros, dirigentes de órgãos têm se esforçado para produzir resultados na parte de investimentos, enfim. Há outras áreas que estão com uma direção totalmente desorientada, perdida, em que não há agenda de trabalho. O que o Brasil precisa é de uma agenda de trabalho, uma agenda concretização de políticas públicas efetivamente, não de retórica, de palavras vazias, fraseologias. Há pessoas que ficam todos os dias criando confusão, crise”, afirma. “Eu vou avaliar aquilo que, a meu ver, é predominante, ou seja, uma tendência a conflitos, belicismo, paralisia administrativa, mas reconhecendo o esforço de alguns, eu acho que uma nota 2 seria justa”, pontua.

Com a aprovação da Reforma da Previdência encaminhada no Congresso, o governo possui atualmente R$ 50 milhões de déficit por mês, o que representa 10% da folha. Para Flávio Dino, a gestão de Bolsonaro não tem preocupação em diminuir o desemprego no país.

“É um governo que não fala de emprego, aparentemente acha que o desemprego é normal, quando nós sabemos que destrói famílias. Então, por conta de desses fatores econômicos, sociais e políticos, acho que 2 é uma nota justa. Espero que essa nota melhore”, reforça.

A abertura do Painel acontece nesta quarta-feira, 11 de setembro, às 19h, com a presença de autoridades locais e nacionais. Às 20h, o primeiro painel será “Lawfare político, instrumento de destruição do inimigo por meio de processo aparentemente legal”, cuja mesa contará com a presença de Flávio Dino.

“Nós precisamos fortalecer regras, porque nós não podemos ter na sociedade um vale-tudo. O uso da violência ou da força, porque isso pode conduzir a injustiças, a atos arbitrários. Minha abordagem parte dessa premissa de que os direitos constitucionais e garantias de defesa, produção de provas, devem ser fortalecidas no Brasil em favor de todas as pessoas”, afirma.

As inscrições para o evento podem ser feitas até o meio-dia desta quarta-feira (11).