O governador Ronaldo Caiado (DEM) encerrou na noite desta quarta-feira (25) sequência de exata uma semana sem qualquer participação em eventos da campanha do candidato à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD).
Apesar da ausência, notada principalmente no fim de semana, quando o governador se dedicava às ações de rua, governistas e aliados ouvidos pela Coluna negam que a estrutura do Palácio das Esmeraldas esteja desembarcando da campanha do PSD.
O governador acompanhou reunião do candidato na Frente de Articulação Política e Social Afrobrasileira no Estado de Goiás. Antes disso, Caiado havia participado, na noite da quarta-feira anterior (dia 18/11), de reunião para mobilização de apoiadores e candidatos a vereador da coligação que disputaram o primeiro turno.
Avaliação de articuladores no governo estadual é de que houve apenas “problemas de agenda” nesta semana e que o governador estará presente nos últimos dias de campanha, com participação no último programa de Rádio e TV, que vai ao ar nesta sexta-feira (27), e carreata final, no sábado (28), véspera da eleição.

Opção dividida
Além do conflito com agendas no governo, caiadistas apontam que a falta de eventos de rua na campanha de Vanderlan ajudaram a manter o governador fora do circuito. A parte governista da coordenação não concorda com a campanha em portas fechadas neste segundo turno e servidores estaduais mantêm a realização diária de bandeiraços e adesivaços em vários pontos da cidade.
Impedimento
Por trás do discurso de “respeito à situação de saúde” do adversário Maguito Vilela (MDB), está a realidade da falta de recursos para intensificar os gastos de campanha na reta final. É que a fonte secou, principalmente na última semana, diante de pesquisa que mostram maior distância na disputa e menos perspectiva de poder.
Números
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, até agora, Vanderlan tirou do próprio bolso R$ 898 mil para investir na campanha, do total gasto de R$ 2,23 milhões. Já a campanha do MDB gastou, até agora, R$ 406 mil.
Inacessível
Apesar dos pedidos, os médicos que atendem o ex-governador Maguito Vilela no Hospital Albert Einstein, inclusive o genro do candidato, Marcelo Rabahi, mantêm posição de não conceder entrevistas para detalhar o estado de saúde do paciente. Preferem ficar fora do debate, diante da politização do tema, desde a última semana.
Frente Conservadora
O grupo que sustentou a candidatura de Gustavo Gayer à prefeitura de Goiânia, a Frente Conservadora de Goiânia, rejeitou deliberação da cúpula do partido Democracia Cristã pelo apoio a Maguito Vilela. Sendo assim, Gustavo Gayer e o grupo bolsonarista mantêm posição de neutralidade no segundo turno.
Previsão de déficit
O Projeto de Lei Orçamentária Estadual (LOA) para 2021 começou ontem a tramitar na Assembleia Legislativa e prevê déficit de R$ 3,82 bilhões para o fechamento do ano que vê, com receita total de R$ 30 bilhões.
Ambiente pós-pandemia
Na justificativa, a secretária Cristiane Schmidt escreve que as projeções foram feitas “em um ambiente de grande crise fiscal e incerteza econômica, agravada pela emergência de saúde pública decorrente da pandemia”.
Combate à corrupção
O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Campos Rosário, estará hoje em Goiânia, na Associação de Subtenentes e sargentos de Goiás (Assego), a convite do deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO). Na oportunidade, o ministro realiza workshop sobre “O papel da CGU no combate a corrupção no Brasil”. O evento ocorre a partir das 19h, com transmissão pelas redes sociais do deputado e da Assego.