Barragem do João Leite (Foto: Saneago)
A tragédia provocada pela empresa Vale em Brumadinho deixou algumas lições relativas a segurança das barragens. Em Goiás medidas começaram a ser tomadas para que não ocorra o mesmo no estado. Processos de segurança começaram a ser discutidos neste mês. Uma série de ações estão previstas pelo governo estadual, entre eles o cadastramento. Há cerca de 9 mil barragens, incluindo pequenos barramentos até grandes espaços para armazenamento de rejeitos.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Andreia Vulcanis, a maior parte das barragens não tem documentações, como licenciamento ambiental, por exemplo. A gestora explica que haverá prazos diferentes para regularização das barragens, de acordo com o potencial de risco.
“Nós estamos prevendo o seguinte, a depender do potencial de danos nós, a rigor a norma ela tá prevendo 30, 60 e 90 dias conforme o tamanho do barramento. Então nos primeiros dias iniciam-se os grandes barramentos, que podem ter uma criticidade quanto ao dano maior, potencial de dano maior. Depois 60 dias para os médios e 90 dias dos pequenos, para que ele se cadastrem e a partir disso a gente possa organizar as fiscalizações”.
De acordo com a secretária, o cadastro depende da conclusão da fase teste do sistema, para ver se está adequado e se não há falha no processo. Andreia Vulcanis disse que estão em andamento outros pontos do plano de ação.
Uma das providências a serem tomadas logo após a tragédia em Brumadinho, foi uma série de vistorias em barragens, em Goiás. O trabalho foi realizado pela Defesa Civil e pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar. A secretária Andreia Vulcanis diz que ainda não recebeu respostas quanto ao trabalho de vistorias.
“Nós não recebemos ainda as informações consolidadas. Tanto o Batalhão da Polícia Ambiental militar, quanto a Defesa Civil, estão organizando os relatórios e vamos mandar de forma completa, assim que chegar vamos iniciar um plano de ação para fiscalizar”.