Aos poucos as propostas da presidente Dilma Rousseff, divulgadas logo após a onda de manifestações que sacudiu o país no mês de julho, vão caindo uma a uma. Nesta quarta-feira (31) foi a vez da medida que previa que os alunos de medicina teriam os cursos estendidos por mais dois anos – de 6 para 8. Este período seria cumprido no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi dada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
O mais provável é que o ciclo de dois anos deve ser substituído por um período obrigatório de residência médica no SUS. A decisão foi encaminhada após reunião entre uma comissão de especialistas, representantes da Associação Brasileira de Ensino Médico, reitores de universidades federais e o ex-ministro Adib Jatene.
A nova proposta prevê que depois de formados, os médicos façam residência médica obrigatória no SUS por dois anos. A medida deve entrar em vigor a partir de 2018.
A residência deve ser cumprida em áreas de atenção primária de emergência e urgência nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, pediatra, além de medicina da família e da comunidade psiquiatria.
As vagas de residência médica terão que ser universalizadas até 2017. A medida é para atender a demanda de estudantes. De acordo com a proposta, 40% das vagas deverão ser disponibilizadas em medicina da família e da comunidade.