A Secretaria de Desenvolvimento Econômico realizou estudo sobre as deficiências no fornecimento de energia elétrica no Estado e o confrontou com o plano emergencial da Enel, apresentado há duas semanas ao governo de Goiás e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do governo federal. “Constatamos que as ações de grande impacto serão efetivas somente a partir de 2019”, informou o secretário Adriano da Rocha Lima em entrevista à Rádio Sagres 730 nesta terça-feira (19).

(Foto: Rubens Salomão / Sagres Online)

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No curto prazo, diz o secretário, as ações não são efetivas o que acender o sinal vermelho no governo. “Eu tenho recebido uma romaria de empresários reclamando da falta de energia para abrir novos negócios ou fazer expansão”, disse Rocha Lima. A secretaria apresentou seu estudo à Enel e pediu revisão do plano emergencial, mas segundo o secretário, a Enel não aceitou a proposta. Por isso, a secretaria fez a uma reclamação formal contra a Enel na própria Aneel nesta segunda-feira. “A Aneel convocou uma reunião com a Enel para a próxima semana”, informou.

A diretoria da Enel recusou todos os convites de entrevista da Sagres para esclarecer as críticas. Em nota encaminhada nesta terça-feira disse “que tem alcançado melhorias em seus indicadores de qualidade, medidos pela Aneel, desde que assumiu o controle da distribuidora, em fevereiro de 2017 (Veja nota abaixo).

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Adriano Rocha Lima disse que solicitou à empresa medidas corretivas para evitar o desperdício de energia. Ele explicou o desequilíbrio é normal, em especial nas áreas industriais, onde há excesso de oferta. Todavia, observa que em Goiás o desperdício chega a 480 MVAs (mega volts ampere) quando o limite regulatório é de 120 MVAs.

Segundo o secretário, a Enel alega ser desnecessário o investimento agora, porque já planejou a ampliação e construção de novas subestações até 2020, o que resolverá o problema. O Estado não concorda, porque alega o setor econômico continuará privado da energia no curto prazo.

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Rocha Lima explica que essa energia a mais no sistema afeta diretamente o consumidor, em função da oscilação da potência da energia, da falta de condições de redirecionar o excesso para regiões onde há queda da oferta do serviço e ainda limita a expansão econômica do Estado.

Confira abaixo a íntegra da nota da Enel

A Enel Distribuição Goiás esclarece que tem alcançado melhorias em seus indicadores de qualidade, medidos pela Aneel, desde que o Grupo Enel assumiu o controle da distribuidora de energia, em fevereiro de 2017. A duração média das interrupções do fornecimento de energia (DEC), por exemplo, foi reduzida em cerca de 6 horas em dezembro de 2018, em relação a dezembro de 2017 – a melhor duração desde dezembro de 2011. Com relação à frequência média de interrupções (FEC), o número alcançado em 2018 é o melhor da história da companhia.

A distribuidora acrescenta ainda que, dos 148 conjuntos elétricos de sua área de concessão, 101 já apresentaram melhoras no DEC e representam 73% do total de clientes atendidos pela empresa em todo o Estado. Além disso, considerando o Desempenho Global de Continuidade apresentado no ranking de 2018, o resultado é o melhor dos últimos 5 anos, o que significa que a Enel Distribuição Goiás está mais próxima do limite ideal estabelecido pela Aneel.

Em 2017 e 2018, a Enel Distribuição Goiás investiu mais de R$ 1,5 bilhão, volume de recursos que representa bem mais do que o dobro dos cerca de R$ 600 milhões que a antiga Celg D investiu em 2015 e 2016, antes da privatização. Além disso, a distribuidora apresentou em fevereiro deste ano para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e para o governo do Estado de Goiás um plano de melhorias para acelerar as iniciativas com foco na qualidade do fornecimento.

Os investimentos realizados recentemente e as novas medidas previstas no plano apresentado às autoridades trarão impactos positivos nos indicadores de qualidade da empresa, melhorando também sua performance no ranking de continuidade da Aneel nos próximos anos. A Enel acrescenta que segue comprometida com a melhoria constante da qualidade do fornecimento de energia em sua área de concessão, por meio da modernização e automação da rede.

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