Nas últimas semanas, ministros do Governo Federal acenaram com a possibilidade de incentivo a que médicos de outros Países venham trabalhar no Brasil. O argumento é que isso vai ajudar a suprir a falta desses profissionais no interior do País, nas periferias das grandes cidades e na atenção básica à saúde.

Médicos estrangeiros que quiserem exercer a profissão no Brasil devem continuar sendo, obrigatoriamente, aprovados no Revalida, prova aplicada pelo governo para verificar se eles têm a formação adequada para atender a população brasileira.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás, Dr. Leonardo Reis, explica como é essa situação de Médicos Estrangeiros, ou brasileiros formados no exterior, que trabalham  no Estado de Goiás.

“Em Goiás não é diferente o movimento médico, o Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos defendem uma validação legal dentro do que a lei prevê para diplomas estrangeiros seja de qual origem for”, explica.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira Filho, destaca que a reprovação dos Médicos formados do exterior no Revalida chegou a 95% em alguns anos. Segundo ele, isso mostra que o processo de avaliação deve ser rigoroso, sob pena de colocar em risco a saúde e a vida da população.

Em Goiás, por exemplo, existem quase 300 profissionais nesta situação entre Brasileiros e Estrangeiros: eles se formaram em faculdade estrangeiras. 146 estudaram na Bolívia, 37 em Cuba, 28 na Argentina, 12 no Paraguai e 11 na Rússia e Portugal entre Brasileiros e Estrangeiros. “Existem médicos oriundos da Bolívia, conheço médicos que se formaram em Cuba, na Argentina, outros países da América Latina e Caribe normalmente são locais para onde brasileiros vão para poder fazer medicina”, ressalta.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos De Goiás, não existe problema em trazer profissionais estrangeiros ou brasileiros que se formaram no exterior para trabalhar no Brasil, desde que passem por uma avaliação para atestar seus conhecimentos na área da medicina.

“Não tem problema. Desde que estes médicos passem pela validação do diploma, o que não pode é trazer um médico de fora sem que ele passe pelo crivo da avaliação. É preciso que esse médico formado, tenha realmente conhecimento na área da medicina. A gente não conhece a escola onde ele se formou, não sabe a origem desse médico, então é preciso que ele passe por uma avaliação para ele realmente provar se tem algum conhecimento na ciência”, argumenta.