(Foto: Sagres TV)

Os últimos dias têm sido marcados por altas temperaturas e pelo tempo seco. O consumo de água aumentou e o Rio Meia Ponte atingiu o nível crítico 2, o que corresponde à vazão de escoamento menor ou igual a 3,3 mil litros por segundo. De acordo com a Sala de Situação no Portal da Saneago, nesta segunda-feira (19), a vazão era de 2,6 mil l/s.

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad Goiás) anunciou algumas ações com o objetivo de manter o equilíbrio na bacia. Entre elas, estão a redução de 50% dos volumes diários outorgados na captação direta no curso d’água para todos os usos, exceto abastecimento público, para os animais matarem a sede, e a redução progressiva da vazão remanescente, como destacou a secretária Andréa Vulcanis. 

A gestora relatou que fiscalização já foi iniciada e que o Comitê de Bacia orientou o que ocorre em cada nível crítico. “Há uma intensificação da fiscalização para não ter irrigação diurna, para reduzir a quantidade do volume irrigado, de modo que vamos administrando isso para não entrar em racionamento”, afirmou. Além disso a secretária ressaltou que o Estado está há mais de 90 dias sem chuva e que a redução é normal em função do período de estiagem. 

“Quem está captando acima irrigando, reduz o volume; quem têm barragem e não está soltando a descarga de fundo, reduz o volume de vazão, então tudo isso, acima do ponto de captação, está sendo organizado com monitoramento e fiscalização para garantir que essa água continue vazando, mas a redução é normal em função do período de estiagem que já faz mais de 90 dias”, afirmou. 

Há princípio o abastecimento público na região metropolitana de Goiânia será mantido, mas em algumas regiões da capital e de Aparecida já tem faltado água. A secretária Andréa Vulcanis não acredita em um racionamento velado, mas não descarta falta d’água na grande Goiânia, e alerta para que as pessoas reduzam o consumo. 

“O racionamento inicia no nível crítico 4, não está descartada essa possibilidade [de falta d’água], vai depender de quando o período de chuva vai retornar, a nossa proposição é que a gente administre isso na Bacia de modo que não ocorra o racionamento”, afirmou. “Isso depende essencialmente do usuário urbano que precisa reduzir o consumo, se não houver uma redução tanto maior aumenta há o risco de haver racionamento”, completou. 

Um plano de racionamento elaborado pela Saneago está em avaliação por órgãos reguladores e pode ser aprovado nos próximos dias. O cronograma prevê, caso a situação se agrave, o rodízio no fornecimento em cerca de 140 localidades da região metropolitana de Goiânia.