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Rubens Salomão

Grupo de Caiado e ACM Neto busca impugnar filiação de Sergio Moro ao União Brasil

O secretário-geral da União Brasil, ACM Neto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e outros sete dirigentes do partido afirmaram que vão entrar com um pedido para invalidar a filiação do ex-juiz Sergio Moro. A decisão ocorre após Moro afirmar, nesta sexta-feira (01), que não “desistiu de nada”, um dia após abrir mão da candidatura presidencial. O ex-juiz afirmou que não disputará uma vaga de deputado pela legenda.

“Vamos apresentar, ainda hoje, um requerimento de impugnação da filiação dele. Será assinado pelos 8 membros com direito a voto no partido, o que corresponde a 49% do colegiado. A filiação, uma vez impugnada, requer 60% para ter validade”, disse Neto. Segundo integrantes do União Brasil, o estatuto do partido determina que toda decisão deve ser colegiada e precisa de pelo menos 60% da executiva nacional para ser referendada. O questionamento à filiação deve ser apresentado na próxima semana.

O grupo comandado por ACM Neto tem ao menos 49% da executiva, mais do que o necessário para rejeitar a ficha de filiação do ex-juiz. Moro se filiou ao União Brasil na quinta-feira (31) e afirmou, em nota, que abria mão “nesse momento” de sua pré-candidatura à Presidência. O gesto ocorreu como forma de driblar a resistência à sua entrada no partido. Só que aliados do ex-magistrado admitiam sob reserva que ele não havia desistido do plano de concorrer ao Palácio do Planalto.

Foto: Então Ministro da Justiça, Sergio Moro, com Ronaldo Caiado, em 2019 durante evento em Goiânia. (Divulgação)

Afastamento

A posição de Caiado, contra a candidatura de Moro pelo UB e agora pela impugnação da filiação, representa trabalho do governador para evitar a federalização da disputa ao governo de Goiás. Avaliação de articuladores caiadistas é de que o projeto de Moro no mesmo partido de Caiado poderia atrair desgastes tanto de petistas quanto de bolsonaristas, já que os dois grupos rejeitam o ex-juiz.

Tranquilidade

A propósito, o governador tentou tratar com naturalidade a decisão o presidente Jair Bolsonaro (PL) de apoiar a pré-candidatura do deputado federal Major Vitor Hugo (PL) ao governo estadual. “O presidente sempre mostrou uma grande simpatia ao Major Vitor Hugo, que sempre foi uma pessoa muito ligada a ele. Não causa nenhuma estranheza. Acho que essa sempre foi uma posição muito clara por parte do presidente”, disse.

Neutro

Mas o governador confirmou a busca pela neutralidade em Goiás sobre a disputa nacional. “Nada disso impede que as pessoas no Estado de Goiás possam fazer sua opção. Os goianos nunca tiveram essa preocupação de verticalização de candidaturas. O eleitor de Goiás saberá escolher tranquilamente quem deve ser governador, quem deve ser presidente da República”, defendeu o governador nesta sexta-feira (01).

Foto: Ex-secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, em prestação de contas na Alego. (Divulgação)

Ao voto!

A gestão do governo de Goiás perdeu até ontem pelo menos cinco auxiliares para as eleições de 2022. A data final para a saída de secretários que buscam projeto eleitoral neste ano é este sábado (2), seis meses antes do dia da votação em primeiro turno, no dia 2 de outubro.

Lista

Do primeiro escalão, deixam os cargos Ismael Alexandrino (Saúde) e Rodney Miranda (Segurança Pública), do Republicanos, que buscam vaga na Câmara Federal, além dos pré-candidatos a deputado estadual: Lineu Olímpio (Centrais de Abastecimento de Goiás: Ceasa); Selma Bastos (subsecretária de Governança Educacional da Seduc), pelo Solidariedade; e Renato de Castro (Companhia de Distritos Industriais de Goiás (Codego), pelo União Brasil.

Foto: Ex-secrerário de Segurança Pública, Rodney Miranda, em discurso. (Divulgação)

Substituto

Ismael Alexandrino será candidato a deputado federal e definiu, nesta sexta-feira (1º), a filiação ao PSD. A pasta passa a ser comandada por Sandro Rogério Rodrigues Batista, então titular da Superintendência de Atenção Integral à Saúde, indicado pelo próprio ex-secretário.

Municipal

Já na prefeitura de Goiânia, deixam os cargos três pré-candidatos a federal: Carolina Pereira (Procon), José Antônio (Desenvolvimento Social), ambos pelo Republicanos, e Dra. Cristina Lopes (Direitos Humanos e Políticas Afirmativas), pelo PDT. O ex-vereador Felisberto Tavares (sem partido) deixou secretaria extraordinária e deve buscar vaga na Alego.

Foto: Usina Rio Dourado, em Cachoeira Dourada (GO), controlada pela SJC Bioenergia (Foto: Divulgação)

Economia

As 37 usinas sucroenergéticas goianas preveem gerar 5 mil novas vagas de emprego na safra 2022/23, que vai começar efetivamente nos próximos dias. O segmento é um dos maiores empregadores do Estado. São cerca de 50 mil empregos diretos e 250 mil indiretos, segundo informações divulgadas pelos Sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol e de Açúcar de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar).

Emprego e renda

Segundo a entidade, o segmento paga R$ 12,3 milhões por dia em salários a seus colaboradores. Também contribui com R$ 1,7 bilhão por ano em impostos estaduais e para o Fundo Protege Goiás. As usinas de Goiás têm investido mais de R$ 2 bilhões por ano apenas em renovação de canaviais.

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