Desde que assumiu o Vila Nova, Guilherme Alves dirigiu a equipe em oito rodadas fora de casa. Com apenas uma derrota (para o Avaí), três empates (Brasil-RS, Paysandu e Bragantino), o Vila de Guilherme conquistou na noite de sábado sua quarta vitória como visitante. Após bater Oeste, Bahia e Vasco, a equipe colorada venceu o CRB, por 2 x 1, de virada.

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Depois da partida, em entrevista à Rádio 730, Guilherme falou sobre o alto aproveitamento (62%) fora de casa e comemorou bastante as últimas atuações do Vila, enaltecendo o desempenho contra o CRB.

“É uma marca de todo mundo. Nesses últimos três jogos, a equipe está com a cara que eu e o (Jorge) Rauli gostamos, jogando, sem dar chutão, agredir o adversário, marcando pressão. O time fez uma partida fantástica hoje e seria uma injustiça se nós empatássemos o jogo, porque nosso time jogou muito bem”

O técnico preferiu não culpar o goleiro Saulo pela falha, ressaltando que ainda teria de rever o lance. Mesmo assim, revelou o apoio que o camisa 1 recebeu dos seus companheiros no intervalo da partida em Maceió. “Na volta do intervalo, os caras falaram que iam ganhar o jogo por ele. Essas coisas provam que nosso ambiente no vestiário é maravilhoso e qualquer um pode errar”.

O Vila Nova volta a campo às 19h15 de terça-feira, quando enfrenta o Paraná, fora de casa. E para manter a tranquilidade e a sequência de bons resultados, Guilherme espera que a equipe alvirrubra continue tendo boas atuações. “A paz vai até terça-feira. O que me deixa mais contente é que o time vem jogando futebol de pé em pé, com personalidade, sem medo de errar, nos últimos jogos. É um time guerreiro, que é a cara da torcida do Vila”.

Acesso?

Com a vitória, o Tigrão chegou aos 33 pontos, subindo para a oitava posição. Guilherme Alves também foi questionado se a equipe tem condições de lutar pelo acesso, já que está a 5 pontos do próprio CRB, que abre o G-4.

“O campeonato do Vila é paralelo. Não me entusiasmo nas vitórias e não me desespero nas derrotas, porque conheço e confio no nosso trabalho. Vou manter a humildade jogo a jogo. Precisamos de quatro vitórias para escapar do rebaixamento. Depois disso, montar um projeto, estruturar a equipe mais ainda dentro de campo, ver os jogadores que vão sair porque terão propostas melhores, montar um time competitivo. Ainda acho que o dinheiro não é tudo, pois temos a menor folha salarial da Série B, mas com o trabalho, dedicação dos atletas, ajuda da torcida, diretoria, conseguimos um ambiente familiar e vamos jogo a jogo”.

Pressão

Guilherme voltou a destacar o quanto tem aprendido no comando colorado e que, apesar de erros acontecerem, sempre tenta fazer o melhor para ajudar o clube. “O Renan, preparador físico, disse que estou pronto para trabalhar no Corinthians e eu também acho, pois a pressão é igual. Não é fácil ser treinador do Vila, pois a pressão é forte. O que define o homem não é o quanto ele bate, mas o quanto ele aguenta apanhar. Está sendo uma escola para mim impressionante e acredito que as coisas vão melhorar, principalmente nesse relacionamento nossos com a torcida. Sempre procurei fazer o trabalho visando o pró do Vila Nova. A gente erra e isso não tem jeito.

O treinador colorado também foi questionado sobre a situação interna do Tigrão e destacou que, por se tratar de questões políticas, acredita que o problema não será resolvido. “Fogo amigo não vai acabar, pois politica é suja. As pessoas usam de golpes baixos e mentiras. O que vai acabar, acredito, é esse relacionamento difícil que tínhamos com a torcida”.