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O cantor sertanejo Gusttavo Lima e mais três pessoas foram indiciados nesta quarta-feira (28) pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por crime ambiental. De acordo com a polícia, Gusttavo teria aumentado a área da represa de uma de suas fazendas, localizada em Bela Vista de Goiás, sem possuir licença.
Segundo o delegado responsável pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA), Luziano Carvalho, o cantor tentou aumentar o tamanho da represa, de três para quatro hectares, irregularmente.
“A Polícia Florestal esteve na propriedade no ano passado e em janeiro deste ano, atendendo à denúncias. Em ambas as visitas ficou constatado que estava havendo a ampliação de uma represa sem licença. Diante desta constação, feita pelo Batalhão Ambiental por meio de levantamento fotográfico, buscando saber quem era o proprietário, caracterizou-se o crime. A delegacia instaurou e lavrou o procedimento que já está pronto para ser enviado ao poder judiciário”, detalha.
Além do sertanejo foram indiciados o administrador Jorge Pedro Kunzler, a esposa dele, a arquiteta Alessandra Jardim Lobo, e o biólogo Luciano Lozi. Todos vão responder pelo crime previsto no artigo 60 da Lei 9.605, que versa sobre construção ou ampliação de obras potencialmente poluidoras sem autorização dos órgãos competentes. Em caso de condenação, a pena varia de um a seis meses de prisão ou multa.
A assessoria de imprensa de Gusttavo Lima negou o indiciamento e informou que documentos foram entregues à polícia para fins de esclarecimento.
Por meio de nota enviada na tarde desta quarta-feira (28), a assessoria do cantor informou que o advogado de Gusttavo Lima não teve informação sobre a conclusão do inquérito, e acrescenta que não foi feita uma perícia técnica que pudesse comprovar as irregularidades mencionadas.
A nota diz ainda que as “obras realizadas na fazenda até o momento, foram feitas de acordo com a legalidade, a parte de limpeza e pasto tinham licença. Em 18/12/2017 após estudos técnicos feitos pela equipe contratada pelo cantor, foi protocolado pedido de licença junto a Secretária do Meio Ambiente de Goiás ( conforme comprovante anexo). Desde então, a parte da obra referente a esta licença foi paralisada, aguardando liberação.
O responsável pelo obra, mesmo sem ter sido chamado foi a delegacia prestar depoimento , nesta mesma data foram solicitados vários documentos, os mesmos já foram entregues. Em resumo, não há nenhum tipo de obra referente a ampliação da represa em curso, e só será feita mediante a liberação da licença dos órgãos competentes. Vale ressaltar que, não houve negativa da Secretária de Meio Ambiente, porque o pedido ainda esteja sendo avaliado”.
Atualizado às 16h32 para acréscimo de informações da nota da assessoria de comunicação