(Foto: Reprodução/ ONU)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse este domingo que 2018 “foi um ano de temperaturas recorde em todo o mundo” e que também “é um momento crucial para a ação climática”.

Em mensagem sobre o Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio, marcado a 16 de setembro, o chefe das Nações Unidas disse que o Protocolo de Montreal é “um exemplo brilhante de como o mundo pode se unir para as pessoas e o planeta”.

Trabalho

Guterres lembrou que nos anos 80, quando a ciência mostrou que os clorofluorcarbonos, CFCs, e outras substâncias estavam rasgando um buraco na camada de ozônio que protege a vida na Terra, “o mundo respondeu com determinação e previsão ao bani-los”.

Segundo ele, “graças a esse compromisso global, espera-se que a camada de ozônio retorne aos seus níveis de 1980 em meados do século”.

O secretário-geral avisou, no entanto, que o trabalho ainda não terminou. A Emenda Kigali, que entra em vigor em 1 de janeiro de 2019, tem como alvo os hidrofluorcarbonetos, HFCs, gases poderosos que aquecem o clima e são usados em sistemas de refrigeração.

Até ao momento, 46 países ratificaram este novo documento. Guterres pediu a todos os outros que sigam o exemplo e demonstrem seu compromisso com um planeta mais saudável. O secretário-geral espera ver progressos na Cimeira do Clima, que acontece em setembro do próximo ano em Nova Iorque.

Exemplo

Guterres acredita que, em cerca de 30 anos, o Protocolo de Montreal fez muito mais do que encolher o buraco na camada de ozônio.

Segundo ele, o documento “mostrou como a governança ambiental pode responder à ciência e como os países podem se unir para enfrentar uma vulnerabilidade compartilhada”.

O chefe da ONU termina a mensagem com um apelo por esse mesmo espírito de causa comum e, especialmente, maior liderança para implementar o Acordo do Clima de Paris.