Na tarde da última segunda-feira, dia 10, Gutemberg Veronez renunciou ao cargo de presidente executivo do Vila Nova. A decisão foi comunicada e protocolada pelo conselho deliberativo do clube. Em sua carta de renúncia, divulgada à imprensa, o ex-dirigente atestou desgaste no comando da instituição e deixou subentendido desavenças internas com algumas pessoas.

Atendendo a reportagem da Rádio 730, Guto negou qualquer tipo de problema em sua conduta dentro do clube, disse que não há nenhum dossiê a seu respeito, como estava sendo especulado e reclamou de alguns torcedores, que estavam hostilizando sua família.

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“Eu tenho meus motivos, não tem nada a ver com dossiê. Houve um questionário, que respondi todas as perguntas, não tenho nenhum tipo de problema, não sou remunerado. Não consigo ver jogo mais até o final, torcedor começa a xingar minha família. Não preserva a imagem do presidente”, contou.

Guto declarou sair do Vila com a missão cumprida, que era de não rebaixar no Brasileirão Série B. Ele revelou que tinha feito um acordo com Edson Pio, conselheiro do time, que, assim que o Tigre não corresse mais risco de rebaixamento, ele renunciaria ao cargo máximo do clube. O ex-presidente salientou, também, que ficou para “provar” que o Vila não fecharia em setembro por falta de dinheiro, como falaram os dirigentes que renunciaram de forma coletiva, há meses.

“Missão cumprida, eu estava esperando só o Vila não ter risco de cair, foi um pedido do Pio. Fiquei para provar que o Vila não fecharia as portas em setembro, não devo nada. O Vila, nesses 22 meses que eu estive, sempre andou com as próprias pernas. Estão com os bichos em dias, tem poucas coisas para ajustar, quem dera eu pegasse o Vila da forma que estou entregando”, afirmou.

O ex-presidente declarou, também, que o grande problema do Vila Nova é seu conselho deliberativo, que, segundo ele, tem uma “galera mais nova” que paga pouco e fica palpitando em assuntos do clube e até “cornetando”. Ele destacou, ainda, as quatro competições que o Tigre competirá ano que vem.

“Ano que vem tem Copa do Brasil, Séria A do Goiano, Série B e Copa Verde. Quem toma conta do Vila, não tem um dia de paz. O problema do Vila é o conselho do Vila. Uma galera mais nova que paga R$200 reais e acha que tem que meter o bedelho, que tem que ficar dando palpite e cornetando”, declarou.

Segundo Guto, de agora em diante, ele vai voltar para as arquibancadas e levar uma vida de torcedor comum. Ele contou que renunciou até ao cargo de conselheiro e que a decisão foi tomada e conversada em conjunto com a própria família.

“Volto para a arquibancada, vou sair inclusive do conselho, estou renunciando à presidência e ao conselho deliberativo, não faço parte mais do conselho do Vila. Conversei com a minha família tem muito tempo, fiz um compromisso com o Pio”, disse.

O ex-mandatário frisou que se errou, foi tentando acertar e voltou a afirmar que não existe dossiê e nenhum tipo de comprovação de má conduta dele à frente do executivo do Vila. “Para mim, já deu o que tinha que dar, missão cumprida. Se eu errei, errei tentando acertar. Não tem nenhuma história de dossiê, tiveram perguntas, não existe nenhuma comprovação de erro de conduta minha no Vila, tudo transparente, tudo tranquilo”, declarou.