Hailé Pinheiro visitou a Sagres 730 no dia do aniversário do clube (Foto: Sagres On)

No dia em que o Goiás completa 75 anos de fundação, o presidente do conselho deliberativo do Clube, Hailé Pinheiro, foi o convidado do programa Debates Esportivos. Em pauta, muitas histórias sobre o Clube. Foi a primeira vez que o dirigente esteve no estúdio da Sagres 730, que fica junto com a Fundação Pró – Cerrado. Nem na antiga sede na Avenida Goiás, Hailé esteve presente.

“Quando o Charlie pediu para vir dar a entrevista não imaginava que fosse encontrar uma obra como essa. E que beleza os meninos e meninas aprendizes. Na minha empresa tenho os jovens da Pró – Cerrado. Estou encantado. Só de ver essas crianças aqui hoje, valeu a pena”.

Histórias

Com 53 anos de Goiás, Hailé Pinheiro relembrou vários momentos. O primeiro deles, quando enfrentou jogadores no vestiário durante um jogo do Torneio da Morte em 65.

“Estávamos brigando contra o rebaixamento. Perdíamos por 2 a 0, no Olímpico, para o Riachuelo, no primeiro tempo. Então eu e o Edmo descemos no vestiário e tivemos um “acerto físico” com o jogadores. Viramos o jogo para 5 a 2”.

Hailé falou ainda de outros dirigentes que teve contato em todos esses anos de Goiás e também do irmão Edmo Pinheiro, que segundo ele, ajudava muito.

“Todos têm sua importância. Uns mais outros menos. Ruarc Douglas foi importante para o patrimônio. Por causa dele temos a área da Serrinha. Foi com Melchior Luiz Duarte que entramos na primeira divisão nacional em 1973. Já meu irmão Edmo, nunca assumiu nada, mas sempre me ajudou nos momentos mais difíceis”, lembrou Hailé.   

Ainda sobre Edmo Pinheiro, além da ajuda, principalmente na parte financeira, Hailé lembrou que seu irmão era temido por ele. “Tomei muita bronca do Edmo. Quando ele abria a porta da minha sala eu já ficava assustado”.

Sem sucessores

Hailé fez questão de lembrar que esse será seu último mandato no Goiás. Perguntado pelo comentarista Evandro Gomes se ele deixa algum sucessor, o dirigente respondeu:

“Não tem sucessor. Nenhum dos meus filhos vai assumir o Goiás. Eles não têm a mesma determinação que eu”, explicou Hailé, que deixou um recado para o sobrinho Edminho Pinheiro, sobre assumir algum cargo no Clube.

“Edminho é igual ao pai, não assume, mas faz tudo pelo Goiás. Seria o ideal que assumisse. Tem perfil prá isso”.

 Hélio dos Anjos

Sobre o trabalho do técnico Hélio dos Anjos, Hailé considera bom. Para ele, o treinador tem identidade com o Clube. “Técnico sempre é um problema. Mas o Hélio tem identidade com o Goiás e raízes aqui. Hoje não conseguiria contratar um treinador melhor para comandar o Goiás”.

Títulos

Hailé, que está com 81 anos, reafirmou o sonho de ser campeão nacional. Brincou que deseja muita saúde para presenciar tal feito. Sobre o título do Goianão, o presidente do conselho do Goiás brincou com Cocá, da Aparecidense, que pediu para o Goiás deixar o troféu de campeão em Aparecida de Goiânia.

“O Cocá vai ter o troféu dele, mas o de vice – campeão”, finalizou.