Ao lado de Carlos Alberto, o goleiro Harlei foi uma das atrações no time esmeraldino no empate sem gols contra o CRAC na noite de quarta-feira. O goleiro, que a muito tempo não dava uma declaração, revelou que estava muito feliz de poder voltar a atuar com a camisa esmeraldino e garante que sempre manteve o trabalho em alto nível no clube. Ainda assim, reconhece ter ficado chateado após ser sacado da equipe por Enderson Moreira.
“Poder jogar é sempre muito bom, eu vinha de um tempo muito grande sem atuar. Pela quantidade de jogos que eu fiz com a camisa do Goiás, sem dúvida nenhuma que isso acaba deixando triste, você tem que retomar um caminho e não é fácil. Eu procurei trabalhar no dia a dia, esperando a oportunidade de ter uma nova chance, que apareceu hoje (quarta-feira). Foi bom, ainda um pouco sem ritmo, estranhando um pouco, mas a gente vai pegando o jeito”
O duelo em Catalão foi o primeiro de Harlei na temporada e também o primeiro desde o duelo contra o Cruzeiro no ano passado, o primeiro jogo do Esmeraldino na volta à Série A, quando o Goiás perdeu por 5 a 0. Depois disso, Harlei foi sacado e Renan ganhou a condição de camisa 1 por preferencia de Enderson. O eterno ídolo diz que não aprovaria Renan ser vítima de mesma injustiça e prefere não criar muita expectativa de quando voltará a entrar em campo.
“Vai depender muito da circunstância, o Renan é um goleiro que vem bem e que tá numa condição de estar jogando praticamente todos os jogos. As chances para goleiros são, realmente, remotas, em um ano eu tive pouquíssimas chances de atuar. Eu treino todos os dias pra estar preparado, se o Goiás precisar de mim, eu estou pronto. Acho que se tirar o Renan hoje cometeriam a mesma injustiça que foi cometida comigo”
Assunto delicado
O capítulo do doping de Harlei em 2003 voltou à tona nesta semana por documentos reunidos pelo repórter André Rodrigues e também pelo apoio dado pelo meia Carlos Alberto, que sofreu com o mesmo laboratório, o Ladetec. Harlei voltou ao assunto e fez questão de lembrar que o Ladetec cometeu muitos equívocos, mas acha tarde demais e difícil de ser corrigido, de alguma forma.
“Eu não consegui, naquela ocasião, comprovar minha inocência, e com o passar dos anos as coisas foram acontecendo. Eu não tenho mais jeito de corrigir o estrago que foi feito na minha família, mas para as pessoas que duvidaram do meu caráter, o Ladetec também erra. Como o Zveiter tinha frisado no meu julgamento que o Ladetec não errava, está aí provado. Já passou, fiquei muito feliz com o apoio do Carlos”