Foto: Rosiron Rodrigues/GEC
Aos 36 anos, Rafael Moura disse que não se trata de um desabafo, mas o atacante falou “verdades” após a partida contra o Grêmio no Serra Dourada, pela última rodada do Brasileirão 2019. Em entrevista ao repórter André Rodrigues, das Feras do Kajuru na Sagres, o camisa 9 relembrou a temporada de 2010, na qual foi vice-campeão da Sul-Americana, disse que quer ficar no Goiás para a próxima temporada, mas espera reciprocidade por parte da diretoria, e revela que chegou a se sentir humilhado quando retornou ao esmeraldino em julho deste ano.
“Em 2010 eu fui crucificado por uma saída, sendo que eu não tinha a mínima possibilidade de permanecer, hoje eu tenho muita possibilidade, mas eles precisam me procurar e precisam me demonstrar um pouquinho também que me querem aqui, porque eu fui contestado, de certa forma humilhado, e por toda a minha história aqui no clube, acho que recente, eu sou um dos grandes ídolos do clube e eu não tive esse tratamento aqui. Só eu sei o que eu aguentei. Não estou desabafando, eu sempre falo a verdade mesmo. Eu não precisava escutar coisas que eu escutei na minha chegada aqui. Quem sabe, sabe o que falou, e eu escutei que eu não deveria nem estar aqui, e isso me magoou muito. Então eu engoli muito sapo, caladinho, nunca bati de frente, nunca demonstrei essa minha insatisfação, pelo contrário. Caladinho e querendo mostrar cada dia mais e dar resposta, primeiro pelo agradecimento que esses caras me proporcionaram. Eu estava há sete meses sem jogar, e eu precisava muito dessa força”, relata.
Contra o Grêmio, o atacante foi decisivo, marcando dois dos nove gols que fez no Brasileirão, se igualando a Michael na artilharia do time. “Mostrei que estou em alto nível e preciso dessa força do futebol para minha mãe, que tem sido muito guerreira”, destacando a presença da mãe no estádio, dona Junia Moura.
O atacante defende a permanência de outros atletas do elenco como Marcelo Hermes, Yago Felipe, Rafael Vaz e Leandro Barcia, e revelou ainda que não foi procurado pelo clube para tratar de renovação de contrato, que termina no dia 31 de dezembro.
“Não teve nada, até porque eles estavam aguardando posicionamento nosso, questão de colocação financeira, de que eles iriam receber, Libertadores, Sul-Americana, muda muito o patamar financeiro da equipe, e aí sim eles iriam começar a fazer renovações ou contratações pontuais. Fiquei sabendo que a comissão técnica renovou por agora. Alguns eles já adiantaram demonstrando que queriam, outros nem tanto”, pontua.
Ouça a entrevista na íntegra a seguir
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