Na primeira derrota no Campeonato Goiano, ficou bastante visível a fragilidade do elenco colorado, que precisou de cinco reposições para a partida diante do Trindade e acabou não correspondendo em campo. O Vila Nova sentiu acabou perdendo a invencibilidade, que já durava sete rodadas (todo o primeiro turno), tomou o segundo gol na competição, mas continua segurando a primeira colocação do grupo B.

O técnico Heriberto da Cunha reconheceu que o time sentiu dificuldades na partida e não demonstrou um bom futebol. Além disso, lamentou o resultado. “A derrota foi triste, um resultado que não esperávamos. Mas temos que reconhecer o trabalho que os meninos vem fazendo e que eles têm lutado muito. Mas infelizmente, alguns ainda precisam se condicionar melhor para ter condições de ajudar mais no grupo. Hoje precisamos de reposição e não conseguimos manter o nível de apresentação”, analisa o treinador.

Heriberto voltou a bater na tecla de que a base não pode ser solução, e sim auxílio: “O Vila não pode ter todo o time vindo da base, é até perigoso com os próprios atletas que vão para o jogo. É difícil lançar oito ou dez atletas no time profissional de uma vez e querer um resultado imediato, não é assim que as coisas funcionam. Eles têm que obter uma experiência e receber apoio dentro de campo, por isso é tão importante mesclar. Hoje não tivemos essa opção e não dá para cobrar deles a derrota”.

Ele ainda ressaltou que o processo que o Vila está passando é igual ao de grandes clubes e continua pedindo paciência. “São dificuldades de vários times, inclusive grandes. O Atlético Mineiro e o Botafogo estão jogando também com times de garotos e com dificuldades para obterem os resultados. É um processo igual para todo mundo, o Vila Nova está colocando os meninos para jogar, mas tem que ter cuidado para não queimar os bons atletas que o clube tem nas mãos”, declara.

Essa foi apenas a primeira derrota do time, que ainda segue na liderança do grupo B. Mas, as atuações irregulares e o alto número de empates trazem a sensação de que o rendimento do Vila Nova está bem abaixo do esperado. Heriberto também pensa assim: “O Vila tem dificuldades, principalmente financeira. Nós precisamos de reforços mas não temos receita para isso, essa é a realidade. Mas a diretoria vai ter que se virar e correr atrás, porque é realmente uma necessidade. Eu queria que houvesse uma resposta nesse sentido, eles que têm que me dar essa resposta, o porquê de ninguém chegar, de não ter novas peças. Mas ninguém fala nada”, revelou.

O próximo confronto do Vila já é novamente contra o Goiás, no segundo clássico do ano, pelo segundo turno do Goianão. Para a partida, Heriberto contará com a volta de Neto Gaúcho, que cumpriu suspensão, e possivelmente de Osmar e Netinho, que aprimoram condicionamento físico e devem finalizar o trabalho durante a semana. Em contrapartida, Vitor Pio está suspenso pelo cartão vermelho que levou na derrota e Wando segue como dúvida, deve ficar de fora também.