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Os integrantes da Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (AHPACEG), estiveram reunidos para definir protocolos de ação na possibilidade de casos de oronavirus em Goiás. O presidente da entidade, doutor Haikal Helou, falou das medidas que estão sendo adotadas pelo setor e alertou para que não haja uma escalada desnecessária de atendimentos nas unidades de saúde.
Ele explica quatro pilares que foram idealizados para fazer o atendimento mais eficaz caso o vírus chegue a Goiás. “Primeira coisa é nos certificarmos que nos procurem apenas quem tem indicação de tratamento hospitalar. Não vá para uma emergência se você não tem indicação. A segunda é que nossos funcionários estejam treinados e protegidos. É importante que eles possam trabalhar da melhor forma possível e seguros. A terceira é sermos capazes de fazer o diagnóstico de forma rápida e eficiente para iniciar o tratamento, caso seja necessário. A quarta é que todos tenhamos o mesmo protocolo. Existem vários protocolos, mas nós fechamos com um e vamos disseminar entre os nossos hospitais”, esclarece.
Segundo Helou, o brasileiro tem a cultura de procurar a emergência sem indicação médica. “A emergência é um lugar que só deve ser procurada com necessidade. Se a pessoa vai para a emergência sem necessidade ela corre o risco de pegar alguma coisa. Quando ela não tem nada também pode atrapalhar o atendimento daqueles que tem indicação médica para estarem alí”.
O doutor Haikal Helou afirma que Goiás está preparado para tratar dos pacientes que procurem as emergências com o coronavírus. “Estamos preparados para atender a demanda real, que é quando, em vigência de uma síndrome gripal, nós temos um aumento de 10% a 20% no atendimento. Isso nós temos condições de atender. Mas se todo mundo que tossir e tiver febre nos procurar, não temos a menor chance de conseguir”, destaca.
Por conta da propagação do novo vírus, empresas que comercializam máscaras elevaram o preço do produto. As que eram comercializadas a R$ 3 ou R$ 4, estão sendo encontradas a R$ 130. Mas o presidente da AHPACEG diz que a associação tomará providências quanto a isso. “Houve uma demanda imensa e pessoas estão explorando essa situação. Nos foi sugerido contatarmos o Procon para que eles avaliem isso e assim faremos. É importante que as pessoas não sejam exploradas neste momento”.
A AHPACEG representa atualmente 32 unidades de hospitais em Goiás. Haykal Helou afirma que atualmente, de cada 10 atendimentos nas emergências, oito são por iniciativa própria, sem indicação. Para que esse índice não aumente, as instituições procuram se precaver.
Nesta quinta-feira (27) o infectologista Edimilson Migowski, falou ao Manhã Sagres e pontuou dicas de prevenção contra epidemias, confira.
*Com reportagem de Rafael Bessa.