Foto: Sagres Online
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O Vila Nova apresentou, talvez, o seu melhor futebol na temporada na partida deste sábado (14), em que venceu o Anápolis pelo placar de 2 a 0 com dois gols de Nando. Curiosamente, o jogo ocorreu sem a presença do torcedor no Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), casa do colorado. Isso porque o governo decretou medidas preventivas contra o novo coronavírus, já que casos da doença foram confirmados no estado e a decisão de arquibancadas vazias atinge a todos os clubes goianos.
Questionado em entrevista exclusiva à Sagres sobre a medida do governo de fechar os portões para evitar aglomerações nos jogos, o presidente do Vila Nova Hugo Jorge Bravo lamenta a ausência do torcedor, mas diz que acredita nas autoridades.
“Quem sou eu, qual a minha formação para falar de saúde pública? Eu prefiro acreditar nas autoridades, que elas estão tomando as melhores medidas para estar contendo uma pandemia. O que a gente lamenta profundamente é que em um momento de tanta dificuldade a gente perde aquele oxigênio da possibilidade de contato com o torcedor, da venda de produtos, sócio-torcedor. Apesar de os resultados também não estarem favorecendo tanto, mas a gente perde”, afirma.
Além de lamentar o cenário preocupante aos cofres colorados, mas entender a medida adotada pelo governo, Hugo Jorge Bravo espera novas decisões nos próximos dias que possam ajudar na realidade financeira dos clubes.
“O que a gente espera com tudo isso, nós que estamos sendo muito prejudicados, não pela decisão que é técnica de jogar com os portões fechados, mas que a gente possa encontrar medidas vindas do poder público, das entidades que organizam o futebol brasileiro, a estar também vislumbrando alguma situação que ajude aos clubes, principalmente clubes igual ao Vila Nova que contam muito com a renda para o planejamento feito para o ano”, diz. “Espero que as autoridades possam pensar em maneiras de ter uma contrapartida a clubes igual o Vila Nova e que sofrem muito com essa situação de jogar com portões fechados”, complementa.
Os presidentes de Goiás, Marcelo Almeida, e do Atlético, Adson Batista, assim como o da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, se posicionaram sobre a decisão. Em nota, a Confederação Brasileira de Futeboll (CBF) disse que “já comunicou as Federações Estaduais de futebol de São Paulo e do Rio de Janeiro para que tomem as medidas necessárias em relação às competições disputadas nas respectivas cidades” e que “monitora de forma permanente o cenário nacional junto ao Ministério da Saúde, cujas orientações continuarão balizando as decisões da entidade”.
Para o dirigente colorado, para o campeonato pode não ser uma solução, e diz que a situação de equipes do interior do estado, em razão da ausência de receita e de público, pode ficar ainda pior. “Por exemplo, times do interior, que fizeram contrato com jogadores até o final do estadual, parar o campeonato para estendê-lo acho que prejudicaria mais do que jogar com portões fechados”, avalia.
A título de exemplo, no clássico contra o Goiás, o Vila Nova arrecadou mais de R$ 50 mil com a presença de mais de 3 mil torcedores colorados no OBA. O dirigente reforça as dificuldades do clube, e a necessidade de buscar uma alternativa financeira para evitar uma crise.
“É ajudar, é dinheiro, dinheiro, dinheiro, é só dinheiro. Ajudar. Não sei de que forma, mas poderíamos construir alguma coisa, porque aqui nós estamos falando de uma marca, o Vila Nova Futebol Clube, patrimônio dos goianos, que está passando por um momento muito difícil, e com esse coronavírus aí complica mais ainda a nossa situação e a gente espera sensibilidade de todos para que a gente possa estar superando todo esse momento difícil que vem mais ainda nos prejudicar. Já bastam as penhoras e outras situações que a gente vem enfrentando diariamente”, lamenta.
Por fim, o dirigente disse que vai mandar jogos do Vila Nova no Campeonato Brasileiro da Série C no OBA, e que, por enquanto, prefere aguardar a evolução do time antes de falar em novas contratações. “A gente acredita ainda na evolução da equipe e vamos aguardar”, conclui.
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