Durante toda a semana, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) realiza sequência de palestras com o propósito de discutir formas de tratamento de saúde humanizada em ambiente hospitalar e/ou fora dele. De acordo com a comunidade médica, um atendimento humanizado é aquele que considera a integralidade da “unidade de cuidado”, ou seja, ele pressupõe a união entre a qualidade do tratamento técnico e a qualidade do relacionamento que se desenvolve entre paciente, familiares e equipe.

De acordo com a diretora-geral, Lázara Mundin, o objetivo é difundir e pacificar a meta maior de aplicação dos conceitos de humanização da saúde entre colaboradores do HMAP e fazer com que a comunidade perceba isso na prática. “Nossa meta é aplicar todos os conceitos de humanização da saúde na prática e tornar isso uma realidade nas novas ações dirigidas aos pacientes atendidos”, resume.

Na abertura do ciclo de palestras o diretor técnico do HMAP, médico Sérgio Vêncio, frisou que os profissionais do ambiente hospitalar precisam ter uma visão humanizada de pacientes e vê-los como seres que necessitam de cuidado integral, inclusive atenção e respeito. “Nosso objetivo é dar uma atenção integral às pessoas que dependem de nossos cuidados”, explicou.
Novidade

Um dos conceitos contemporâneos até pouco conhecido do grande público é a aplicação de “cuidados paliativos” em ambiente hospitalar. Para isso foi convidado o médico oncologista e especialista no tema, Antônio Gomes Teles. Ele explicou que essa gama de cuidados envolve equipe multidisciplinar e que se trata basicamente de dar uma qualidade de vida maior para o paciente enquanto ele estiver no ambiente hospitalar.

“Dentro da humanização, que é a proposta mais geral que se propõe, a abordagem dos cuidados paliativos é uma forma de cuidar de pacientes que têm enfermidades que ameaçam a vida no sentido de dar qualidade de vida. Ao invés de pensar em prolongar essa vida, dar maior qualidade de vida. É um conceito que vem da década de 1960, portanto relativamente novo”, comenta.

No Brasil ainda esse conceito e aplicação ainda são de difícil inserção no meio hospitalar em virtude de resistências dos próprios profissionais de saúde. “Precisamos conscientizar primeiramente médicos e profissionais auxiliares como enfermeiros e psicólogos para fazer esse cuidado. Ainda não há esse conceito na formação acadêmica dos médicos, o que dificulta essa aplicação. Todavia, isso está se difundindo e sendo aplicado como um trabalho de qualidade para pacientes, familiares e mesmo os profissionais de saúde. Cuidados paliativos é uma ciência bem estabelecida, inclusive com muitos trabalhos científicos publicados”, finaliza.

Outras palestras acontecerão durante a semana. Confira:

programacao hmap palestras