O Programa de Vigilância Genômica do Sars-CoV-2 que identificou a prevalência da variante Delta em Aparecida de Goiânia pode ser determinante para o planejamento e enfrentamento da pandemia de Covid-19 no município. É o que afirma a diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Érika Lopes, em entrevista ao programa Sagres Sinal Aberto II desta quinta-feira (30). Assista a seguir a partir de 00:12:00
“A partir do momento em que a gente identifica quais são as variantes em circulação, quais mutações elas carregam, deleções, e correlaciona essas informações com os dados epidemiológicos da população, a gente passa a conhecer que são variantes que têm um poder maior de contágio, de levar a complicações e de pressionar o sistema público de saúde. É muito importante esse conhecimento para que a gestão possa traçar políticas de sáude e se planejar melhor para o enfrentamento da pandemia”, afirma.
O programa já sequenciou mais de 1,8 mil amostras de materiais de pacientes com Covid-19 no município, e a variante Delta está presente em 75% delas.
“Se a gente tem uma prevalência alta de uma determinada variante mais contagiosa e mais letal, e que está em circulação, a gente pode implantar mais leitos de enfermaria, de UTI, planejar melhor a compra de medicamentos, insumos, para garantir o acesso da população ao serviço de saúde e que a gente não chegue a um colapso do sistema”, esclarece.
O programa já verificou a circulação das mutações do novo coronavírus no município e já identificou 21 variantes.