A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintego) Ieda Leal analisou a recente divulgação do Secretário de Educação de Goiás Thiago Peixoto, de que a média salarial da educação estadual é de R$ 2.400,00.

Segundo ela, quando o Secretário anunciou esta contagem sobre o vencimento, todos que estavam no momento, vaiaram, por ser considerada por ela uma mentira.

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“Essa não é a realidade do Estado de Goiás. Todas as pessoas protestaram depois, porque ele usa os números para dizer que o profissional que faz 60 horas e tem mais de 15 anos de carreira, ganha este valor, mas se esquece de incluir as vantagens de cada pessoa quando ela tem as valorizações profissionais, as progressões, como um todo. Não se pode usar os números para deturpar que um trabalhador da educação ganha hoje”, declara.

De acordo com a Presidente do Sintego, um professor que trabalha 40 horas ganha R$ 1.006,00. Para um professor ganhar o que o Secretário Thiago Peixoto disse, precisa fazer 60 horas, ter as progressões já incorporadas, e ter no mínimo um mestrado ou especialização.

Ieda Leal afirma que no site do Sintego existe a tabela salarial, sendo que qualquer pessoa pode ter acesso e confirmar que o Secretário de Educação “criou” este número. Ela ressalta que o piso salarial deve ser pago no início da carreira, e que o profissional de educação do Estado de Goiás tem um estatuto que vai ser defendido pela categoria.

“Nós temos que aplicar o valor do piso hoje, que é de R$ 1.587,00, no início da carreira, o que significa que todos os trabalhadores irão receber dentro da sua expectativa de trabalhadores, no mínimo R$ 1.006,00 aplicados no plano de carreira. Esta é a conta que tem que ser feita, e esta é a conta que a Secretaria tem que fazer”, aponta.

Questionada se a categoria sofreu uma ofensa, Ieda Leal relata que sim, justificando que o Secretário sabe que não é esta a conta que se deve fazer. Para ela, chega a ser vexatório e vergonhoso a atitude do Parlamentar.

A agenda do Sintego é fazer uma Audiência Pública, chamando todas as entidades que discutem a educação, no dia 15 de setembro, para propor situações para defender os servidores da educação e os serviços da educação.

“Temos pedido ao governo de Goiás que pense muito bem quem está colocando a frente da Secretaria de Educação, para que de fato seja uma pessoa que possa contribuir, e não que coloque todos os trabalhadores numa situação de exoneração, de perseguição, porque estamos cansados desta situação”, completa.