Números da pesquisa Serpes/O Popular, divulgados na noite desta sexta-feira (15), apontam para definição das eleições no segundo turno, diferente do que ocorreu há quatro anos, quando o então senador Ronaldo Caiado (UB) venceu logo no primeiro turno, com 59,7% dos votos válidos. A oposição a Caiado somou aproximadamente 30% dos votos em 2018, enquanto agora já representa quase 40% das intenções de voto, mais os 18% que seguem indecisos mesmo quando têm o nome dos pré-candidatos apresentados em cartela.
Os números da oposição, segundo o levantamento, tiveram reforço decisivo para a redução das chances de definição no primeiro turno por conta da presença, cada vez certa, do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) entre os pré-candidatos ao governo. Ainda distante de esboçar retorno ao patamar de quando venceu quatro eleições ao Palácio das Esmeraldas, a intenção de 15% dos eleitores pesquisados em votar no tucano resulta em cenário menos favorável ao governador Ronaldo Caiado.
Apesar disso, a chance de definição no primeiro turno pode se tornar mais factível a partir do trabalho da base governista em busca dos eleitores indecisos. Em votos válidos, Caiado aparece com 49% e o convencimento deverá ser mote fundamental da campanha do governador à reeleição. Pela ordem de intenção de voto na estimulada, aparecem Caiado (37,6%), Gustavo Mendanha (18,7%), Marconi (15%), Major Vitor Hugo (3,1%) e Wolmir Amado (1%). A pesquisa (TRE/GO: 02837/2022) foi realizada com 801 entrevistas, entre os dias 10 e 14 de julho, e tem margem de erro de 3,5% e intervalo de confiança de 95%.

Encontro
A presidente do PT Goiás e pré-candidata à deputada estadual, Kátia Maria, acompanhou o ex-presidente Lula (PT) durante a agenda do presidenciável em Brasília. Entre agendas e reuniões, os petistas debateram estratégias para a campanha no País e Goiás.
Hierarquia
A prioridade, segundo Kátia, é o trabalho para fortalecer o palanque para Lula e Geraldo Alckmin (PSB) em Goiás. “Depois ganhar o governo de Goiás, ampliar a bancada do PT no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego)”, afirma a dirigente, em referência à pré-candidatura do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO), Wolmir Amado, ao governo.
Outro nome
O pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha (Patriota), quer que a região de cidades goianas próximas à Brasília deixe de ser chamada de “entorno do Distrito Federal”. “Vocês não pertencem ao Distrito Federal. Não são apêndices de Brasília. Vocês são Goiás e tem que ser respeitados como goianos”, afirmou.
Visita
A afirmação é parte do discurso do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia em visita a Água Fria, Mimoso, Padre Bernardo e distritos de Trajanópolis, Taboquinha e Vendinha.
Objetivo
“Meu sonho é chegar nesta região, conversar com as pessoas e elas me dizerem que se sentem parte de Goiás. Deixar de ser entorno, para ser uma região independente, pujante e com vida própria”, disse Mendanha.
Retomada
Na busca pela reeleição, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), definiu retomada da relação com o bolsonarismo e definiu na chapa majoritária a presença da a deputada federal Celina Leão (Progressistas), para a vice, e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), para o Senado.
Concorrência
O presidente, portanto, caminha para ter palanques divididos no DF. É que o PL por lá caminha para lançar a candidatura do ex-governador José Roberto Arruda. A esposa dele, Flávia Arruda, ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo, também busca espaço para disputar o Senado.