(Foto: Flickr / FAB)

O médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz tranquilizou a população de Anápolis sobre a possibilidade de a Base Aérea da Aeronáutica, no município, ser escolhida para sediar a quarenta de brasileiros que serão repatriados da China. A decisão será anunciada nesta terça-feira (4) em reunião do governador Ronaldo Caiado e do prefeito Roberto Naves com o presidente Jair Bolsonaro, segundo anunciou o governador nas redes sociais nesta segunda-feira (3). 

Ontem (3) o prefeito Roberto Naves explicou que a Base Aérea de Anápolis estava sendo escolhida por ter uma pista capaz de receber um avião de grande porte, por ser uma área militar e por sua proximidade do Hospital de Base de Brasília, preparado para receber paciente que manifestar a doença. O infectologista explica que o período de incubação do vírus é de 14 dias. Segundo ele, os brasileiros que chegarem a Anápolis precisam ficar pelo menos 15 dias isolados em um quarto, sem contato com outras pessoas.

No sábado, o presidente Bolsonaro chegou a manifestar discordância da repatriação de brasileiros de Wuhan. “E aí seria uma irresponsabilidade, quem porventura decidir nesse sentido, retirar pessoas que vieram dessa região afetada da China para cá. Se lá temos algumas dezenas de vidas, aqui nós temos 210 milhões de brasileiros”, disse ele em entrevista na sexta-feira (31). No domingo (2), um grupo de brasileiros na China divulgou um vídeo com uma carta-aberta ao governo brasileiro pedindo que fossem retirados do país. Países como França, Estados Unidos, Reino Unido estão repatriando seus cidadãos. Depois do vídeo, o governo de Bolsonaro reviu a decisão e iniciou os preparativos para a repatriação.

Boaventura Braz afirma que é correta a segunda posição do governo. Ele observa que na China, os brasileiros são obrigados a ficar presos em casa, sem o direito de ir e vir e que elas não oferecem risco aos brasileiros, se cumprirem o prazo de quarentena e se forem monitoradas diuturnamente. O infectologista observa que a taxa de letalidade do novo coronavírus é baixa, entre 2% e 3%, bem inferior aos antigos coronavírus. A taxa de mortalidade da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) foi de 10% e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), de 30%. No entanto, a disseminação do novo coronavírus é maior que os anteriores. Na província de Hubei, epicentro do surto, 414 pessoas morreram e há 13,5 mil casos confirmados.

O médico infectologista acredita que nos próximos 12 meses já tenha a vacina. “Tem o conhecimento da parte genômica do vírus e abre bem a possibilidade de desenvolver uma vacina”. A vacina, segundo Boaventura Braz, não consegue acabar com o vírus, mas vai reduzir o número de casos e transmissão, além de imunizar as pessoas. É considerado um caso suspeito, a pessoa que apresente febre, tosse e dificuldade para respirar e que esteve na China nos últimos 14 dias ou que entrou em contato com caso suspeito pelo novo coronavírus nos últimos 14 dias.

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