A inflação de Goiânia no primeiro mês de 2014, medida pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), registrou índice de 1,13%, puxado principalmente por alimentos, educação, despesas pessoais e transportes. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Goiânia) de janeiro ficou bem acima da taxa de 0,70% de dezembro de 2013, mas inferior ao apurado em janeiro de 2013, que foi de 1,31%. Nos últimos 12 meses a taxa inflacionária da capital acumula 5,74%, contra 9,56% em igual período anterior.

De acordo com os pesquisadores do IMB/Segplan, educação foi o grupo que apresentou a maior taxa (6,83%), influenciada pelos reajustes nos preços das mensalidades escolares, do ensino médio (11,91%) e fundamental (11,73%), e da academia de ginástica (7,14%). O grupo das despesas pessoais teve elevação de 3,08%, com destaque para as altas nos preços do empregado doméstico (6,79%); corte de cabelo feminino (5,90%) e masculino (2,69%); manicure e pedicure (2,70%) e ingresso para futebol (12,50%).

O grupo dos transportes registrou índice de 1,15%, devido aos reajustes nas cotações da gasolina comum (3,62%), óleo diesel (3,60%) e etanol (2,78%). Por outro lado, houve recuo nos preços das passagens de ônibus interestadual (-9,08%). A alimentação, que tem peso expressivo no consumo das famílias goianienses, teve aumento de 1,08%, e os itens que mais contribuíram foram a laranja pera (16,52%), cenoura (20,74%) e carne bovina/alcatra (5,64%).

Artigos residenciais apresentaram taxa de 0,52% por causa das elevações nos preços de cama de solteiro (4,34%) e lençol de casal (4,37%). Já o grupo da habitação teve índice de 0,44%, puxado principalmente pelo reajuste nos preços do aluguel residencial (0,95%). Saúde e cuidados pessoais registram alta de 0,29%, sendo que as elevações ocorreram nas consultas médicas (1,05%), no antiácido/medicamento (6,13%), entre outros. Vestuário foi o único grupo com resultado negativo em janeiro (-0,18%), em razão do recuo médio de 1,88% nos preços de calçados. Comunicação manteve os preços estáveis no mês passado.

Cesta

O custo da cesta básica, contendo os alimentos necessários á subsistência do trabalhador, teve alta de 1,16% em Goiânia no mês de janeiro e alcançou o valor de R$ 246,77 para uma pessoa, conforme levantamento do IMB/Segplan. Dos 12 itens que compõem a cesta, oito apresentaram reajuste, dois tiveram queda e dois mantiveram os preços estáveis na comparação com dezembro – arroz e pão. Legumes e tubérculos foram os campeões de alta no período, com 4,66%, vindo em seguida frutas (4,11%) e margarina (3,61%). Leite registrou a queda mais expressiva (-4,84%), seguido do feijão (-4,62%).