O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), se reúne desde desta terça-feira (15) para calibrar a taxa básica de juros, a Selic, em uma tentativa de conter a disparada da inflação. A expectativa é de que seja anunciado um aumento de 1,75 ponto percentual, com a Selic passando dos atuais 10,75% para 12,5%.

Sobre o tema, em entrevista à Sagres nesta quarta-feira (16), a Gerente de Novos Negócios, Isabela Franco, avaliou os impactos do aumento da taxa Selic na economia e disse que o movimento de aumento já era esperado pelo mercado.

Ouça ““Inflação para 2022 vai ficar bem acima da meta do governo”, afirma especialista” no Spreaker.

“Esse aumento já era aguardado pelo mercado e é visto como uma tentativa desesperada de frear a disparada da inflação, que passou de 10% em 2021. Tudo isso impacta nos setores de investimentos, créditos, mercado imobiliário. Acredito que o movimento seja temporário, as previsões indicam que em 2023 esse número deva cair para cerca de 8%”, analisa a especialista.

Questionada se o aumento da Selic seria um dos movimentos que vão de fato frear a crescente dos preços, Isabela Franco afirmou que não vê a alternativa como solução a longo prazo e acredita que a inflação deve ficar acima da meta, de 5,6%, projetada pelo governo.

“Não acredito que vá se manter neste patamar. Observando as pesquisas anteriores, a previsão era que chegássemos ao final de 2022 em 5,7%, mas tudo isso já mudou diante do cenário de guerra (entre Rússia e Ucrânia) que já tem influenciado no nosso mercado. A previsão já ultrapassa os 7% para o final do ano”, revela.

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