Nesta terça, 10, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), lança a primeira etapa de um mapeamento integral de áreas remanescentes de Cerrado.
A iniciativa, que é a mais completa já realizada para uma área de proporções de um Estado, será apresentada no Auditório do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, a partir das 10 horas.
O estudo
Intitulado “Atlas de Remanescente de Vegetação Nativa de Goiás”, o estudo será disponibilizado em seis etapas – cada uma compreendendo a uma bacia – que se inserem em um intervalo de três meses entre cada uma, a primeira nesta semana.
1 – Meia Ponte e dos Bois
2 – Médio Tocantins e Paranã
3 – Alto Araguaia e Rio Vermelho
4 – Paranaíba
5 – Médio Araguaia
6 – Almas, São Francisco e Corumbá.
Utilidade
Conforme Andréa Vulcanis, secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o Atlas tem o objetivo de basear e melhorar “a prestação de serviço para a população e para nortear a execução de novos projetos, programas e ações”. Para ela, “esse banco de dados vai, por exemplo, acelerar a análise de pedidos de licenciamento para supressão, tendo em vista que a Semad já terá em mãos os dados que o empreendedor informa no ato da solicitação”.
O Atlas também vai fornecer informações mais precisas para entender a contribuição do Estado de Goiás, logo, do Cerrado, no sequestro de gases poluentes e que intensificam o efeito estufa (apesar da existência de outras formas de sequestro, para além da vegetação)
O emprego de políticas públicas mais eficazes nessa área serão mais fáceis de serem aplicadas devido aos futuros dados mais precisos sobre, por exemplo, cada tipo de formação vegetativa que será identificada no Atlas.
Vulcanis também destacou outros pontos do projeto, que promete “oferecer à Semad informações detalhadas sobre as reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs) existentes em Goiás, indicando a eventual necessidade de ações para recuperar APPs degradadas ou solicitar aos empreendedores a reabilitação de suas respectivas RLs”.
Para que existam reservas legais, é necessária a constatação, por parte da Semad, de que a área integra um corredor ecológico, daí a importância da pesquisa, que vai propiciar análises mais precisas.
Finalmente, o Atlas é uma das ferramentas que vai basear a implementação das próximas fases do recém-criado programa de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA). Com os dados, a Semad vai decidir mais precisamente quais municípios devem entrar prioritariamente no programa.
O que é o PSA e o que significa para o Cerrado?
A iniciativa remunera proprietários rurais que firmam o compromisso de conservar a vegetação nativa de suas propriedades. Um detalhe importante é o de que as áreas que podem ser inscritas no programa são aquelas que o produtor, poderia plantar ou manter gado se quisesse.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).