Durante os últimos quatro dias preferi ouvir muito mais que falar, conhecer muito mais que rotular, agir como determina o profissionalismo jornalístico – dar voz a todos os lados para que os ouvintes e leitores deste espaço possam tirar as próprias conclusões. Tradicionais ou recém chegados, eu entrevistei integrantes de todas as correntes dentro do clube, alguns apenas conversei. Acompanhei as inúmeras opiniões dos torcedores colorados nas redes sociais e também no Portal 730 (muitas perguntas feitas surgiram das inquietações dos verdadeiros donos do clube). Achei muito importante o posicionamento da torcida organizada no processo eleitoral. São sempre os primeiros a cobrar. Precisam tomar partido.

Três dirigentes me chamaram a atenção pela serenidade, inteligência e o propósito de pensar o clube em um aspecto macro. Wilson Balzacchi, Paulino Vilela e Leonardo Rizzo.

Diante de todo o cenário que nos foi apresentado ao longo da semana. De um lado temos o grupo que atualmente comanda o clube que terá Joas Abrantes como candidato a presidente executivo. De outro, teremos Gutemberg Veronêz surgido da corrente mais jovem dentro do conselho.

Analisando o discurso e as versões de todos os lados. Eu estou convicto que o discurso é o mesmo. O objetivo é o mesmo. O percurso é semelhante. A importância da figura de Carlos Alberto Barros e José Eduardo Castroviejo a frente do Conselho Deliberativo. A sustentabilidade de Leonardo Rizzo na elaboração de projetos de marketing e evolução patrimonial vilanovense. O aproveitamento dos jovens conselheiros para formar também novos comandantes.

O embate consiste na filosofia de trabalho no departamento de futebol utilizada por Newton Ferreira e na forma que ele próprio avalia como “polêmica”. O próprio grupo, não revela em entrevista, no entanto, reconhece que este é o ponto “mais fraco” da chapa. Este é o ponto desagregador. O torcedor ainda carrega o estigma do rebaixamento de 2006 e viu em 2013, o futebol esbarrar num alto índice de erros nas contratações (Thiago Cametá, Alisson, Vitor Pio e Robston foram os destaques em 14 contratações).

O “novo” pesa contra a chapa alternativa. A aposta em desconhecidos arrepia a todos os colorados com os últimos erros dos conselheiros. Os novos pretendentes são obrigados e testados com maior frieza para provar o amor ao clube e a honestidade diante da honra e da história vilanovense.

Particularmente, acredito que a grande força de um lado é o poderio econômico. Do outro está a gana e a visão apaixonada de colaborar com o crescimento do clube. O ideal era unir estas duas forças e convergir num só caminho: Aliar estas duas vertentes para 2014 e 2015. Como só eles poderão sentar e se entender, o Vila Nova deve ser a única certeza e o tempo será o dono da razão.

Ouvi uma sábia palavra durante todo o meu trabalho de um conselheiro: “hoje o Vila Nova não tem condição de montar duas chapas, preenchendo todos os requisitos, com a mesma força, com o mesmo nível. Sempre uma terá ponto positivo e negativo a ser reconhecido”.

Caminhando para a aclamação, o novo comando do Conselho será o seguinte:

Presidente: Carlos Alberto Barros

Vice-Presidente: José Eduardo Castroviejo

Secretário: Jaime Monteiro

Suplente de Secretário: Leonardo Rizzo

Integrantes do COF:

 Décio Caetano, Fábio Brasil e Sizenando Ferro

Suplentes: Edson Pio e Joelmir Gonçalves