JOANA CUNHA / SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) correm o risco de fechar em dois meses na Bahia, segundo Maria Rita Pontes, superintendente da entidade e sobrinha da primeira santa brasileira.

Até junho, o déficit acumulado na organização alcançava R$ 13 milhões, e a projeção é chegar a R$ 26 milhões até o fim do ano.

Com a nova lei do piso da enfermagem, sancionada por Bolsonaro neste mês, as contas podem ficar até R$ 42 milhões negativas, segundo a rede filantrópica.

A instituição afirma que não será possível arcar com as novas faixas salariais dos profissionais.

“Antes da promulgação da lei o cenário já era angustiante, por causa do subfinanciamento do SUS, cujo contrato não é reajustado há cinco anos, pela chegada da pandemia, e pelo avanço da inflação nos insumos. Agora, com o piso salarial, que foi instituído sem que fosse disponibilizada nenhuma fonte de custeio para fazer frente às novas despesas, não teremos alternativa a não ser encerrar o atendimento”, diz Pontes.

Mais de 3 milhões de pacientes são atendidos gratuitamente por ano nos cinco hospitais da OSID na Bahia, que reúnem 7.500 profissionais.

A sede em Salvador oferece 727 leitos hospitalares.

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