As tecnologias da informação e a inteligência artificial estão abrindo o imaginário da humanidade para a série de oportunidades e transformações que elas podem proporcionar. Em postagem anterior, já havia destacado que a IA tinha sido eleita com a palavra de 2023 e ela deve pautar diversos planos focados em inovação nas mais diversas áreas econômicas e sociais.
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O assunto também foi protagonista em diversos encontros durante a edição do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Em levantamento apresentado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), estima-se que 40% dos postos de trabalho pertencentes ao atual modelo laboral serão impactados. A falta de debate poderá exponenciar desigualdades já existentes e podendo ruir a economia mundial.
Em contrapartida, o mesmo estudo sugere que 50% dos postos de trabalho podem se apropriar da tecnologia e aumentar a produtividade. Vou indicar algumas iniciativas que valem a pena conhecer.
Desta forma, o FMI recomenda que todos os países estabeleçam e fortaleçam uma rede de proteção social para mitigar as consequências principalmente nos trabalhadores mais vulneráveis.
A transformação tem vindo a galope. Não é à toa que sentimos as mudanças e temos dificuldades para amadurecê-las internamente. A velocidade no uso das tecnologias nos últimos 25 anos acelerou dramaticamente. Estudos comparativos do Fórum apontam que a chegada aos 100 milhões de utilizadores da Google demorou 78 meses (mais de seis anos), enquanto que no Tik-Tok levou nove meses e no ChatGPT (uma das plataformas atuais de IA mais usada) apenas … dois meses.
Em entrevista à Reuters e publicado pela Folha, setor público e privado ainda não apresentaram consenso quanto a viabilidade, a capacidade e os investimentos em IA serem rentáveis. Singapura, Estados Unidos e Dinamarca são países que lideram as pesquisas e a aplicação da IA em diversas áreas. Estes países juntamente com Japão, Reino Unido, Austrália, França, Espanha, Chipre e Emirados Árabes Unidos são os 10 países mais bem preparados para absorver a IA em sua economia.
Trazendo para a realidade da comunicação, em um levantamento apresentado no início de 2024, o Farol do Jornalismo apresentou uma série de debates sobre a viabilidade econômica do jornalismo em tempos de dominância da IA. As empresas de mídia lutam para que o acesso aos seus conteúdos sejam pagos pelas IA generativas. Em oposição, outros especialistas sugerem que esta obrigação por lei deixaria os criadores de IA teriam menos direitos que o setor de mídia.
Aos Fatos é destaque ao implementar um ChatBot com IA para combater a desinformação. O impacto da desinformação ainda é um dos pontos chave de preocupação de estudiosos e especialistas. Aqui você confere um link de um Guia para analisar o jornalismo em meio a IA. A ESPM está com pesquisa em andamento sobre o tema e aqui você acessa o formulário.
No ambiente da educação, instituições tem dedicado a utilizar a tecnologia como suporte ao dia a dia dos professores que precisam cumprir o currículo, reforçar o conteúdo com alunos que apresentam dificuldades e ainda precisa identificar habilidades não apropriadas oriundas de anos e séries anteriores.
Na segurança pública, a cidade de Seattle, nos Estados Unidos, se apresenta como um bom exemplo de como tornar o envolvimento dos cidadãos mais disponível para a comunidade por meio de diversos serviços virtuais.
[COP À COP]
– QUEIMADAS 2023. A plataforma Monitor do Fogo do MapBiomas informou nesta semana que o Brasil perdeu 17,3 milhões de hectares para as queimadas ao longo de 2023. Este número representa alta de 6% em comparação com o mesmo período de 2022. A área queimada é similar ao tamanho do Uruguai. Em virtude dos períodos de seca, a região Amazônica liderou esse ranking negativo e vem seguido pelo pantanal.
– PECUÁRIA DE BAIXO CARBONO. O governador do Pará, Helder Barbalho, participou de sessão no Fórum Econômico Mundial, em Davos, sobre a implementação de uma pecuária de baixo carbono no Brasil. Helder apresentou algumas iniciativas como o Selo Verde e o programa de Rastreabilidade da Cadeira da Pecuária no Pará, também apresentados em Dubai durante a COP28.
– VALORIZA EDUCAÇÃO. O presidente Lula sancionou a Lei 14.817, que institui diretrizes para valorização dos profissionais da educação básica pública. A norma, estabelece plano de carreira, formação continuada e condições de trabalho para professores, diretores, inspetores e técnicos. A nova lei tem origem no PLC 88/2018, que foi apresentado pela então deputada e atual senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO). O texto determina que as escolas públicas devem oferecer um plano de carreira que estimule o desenvolvimento profissional em benefício da qualidade da educação. Também deve ser ofertada uma formação continuada voltada à atualização dos profissionais e condições de trabalho que favoreçam o processo educativo.
– SUSTENTABILIDADE E INCLUSÃO NO CAMPO. O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da ONU e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) uniram forças para aumentar a renda dos pequenos agricultores e melhorar a segurança alimentar e nutricional nas bacias do Piauí-Canindé, atingindo 210.000 pessoas da zona rural do Piauí, uma das regiões mais vulneráveis do Brasil. O novo projeto de financiamento conjunto, Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI), foi lançado recentemente em parceria com o governo do Piauí e também melhorará o acesso a serviços básicos, incluindo água e saneamento, e apoiará as comunidades rurais a se adaptarem à mudança climática. O FIDA concederá um empréstimo de US$ 18 milhões; o BID, um empréstimo de US$ 100 milhões; e o estado do Piauí contribuirá com US$ 29,5 milhões, totalizando um orçamento global de US$ 147,5 milhões.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
