Com 35 vereadores na Câmara Municipal, apenas um se declara como oposição da gestão de Rogério Cruz (Republicanos). O vereador Mauro Rubem (PT) deu entrevista à Sagres e contou como está a relação entre Câmara e Paço Municipal.

“Pelo que nós estamos vendo é uma situação surreal. Mesmo o MDB que teve toda uma ruptura partidária, os vereadores ficaram e, também, o grupo de vereadores que foi eleito na base de outro projeto, que não foi esse vitorioso, também estão aderidos”.

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Apesar de se colocar como oposição, Mauro Rubem foi mais um dos vereadores a assinar a indicação do filho do vereador Clécio Alves, para Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). Mauro afirmou que essa é uma questão secundária e que não altera o posicionamento dele na Casa. “Na Câmara, minha posição tem sido votar sem alinhamento ao governo, mas voto no que é correto para a sociedade”.

Questionado sobre a nomeação do novo secretário de Cultura de Goiânia, o ex-vereador Zander Fábio, que enfrenta 19 processos na justiça, Mauro afirmou que agora, com a confirmação do ex-vereador, tem como função investigar e denunciar se necessário. O petista também manifestou preocupação com a pasta da Cultura. “A indicação de um [ex] vereador que não tem nada a ver com essa área, que não conhece, aponta para que a cultura seja abandonada por mais quatro anos”.

O vereador afirmou que hoje o foco precisa estar na proteção das pessoas em relação à Covid-19 e reclamou dos políticos que se desviam e optam por discutir outras demandas. “A Câmara Municipal insiste em discutir hoje, coisas que são minúsculas, que são banais. E o prefeito tem apontado para esse discurso também”.

Paralização do transporte coletivo

Mauro Rubem conversou com a equipe do Sagres Sinal Aberto, diretamente da Metrobus, segundo ele, como presidente da Frente Parlamentar Vacina Para Todos. O vereador estava no local em apoio à paralisação promovida pelos motoristas do transporte coletivo. “Eu entendo que o governo do Estado precisa cuidar dos mais expostos”.

Sobre a falta de vacinas, o vereador criticou a postura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que não participou de negociações, por exemplo, como as conduzidas pelo Consórcio Nordeste pela compra de doses da vacina Sputnik V.