Nomofobia é o medo irracional de ficar sem o telefone celular ou ser incapaz de usar o telefone por algum motivo, como a ausência de um sinal, o término do pacote de dados ou a carga da bateria. Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, a psicóloga Marcela Haick Mallard, explica sobre esse neologismo, o vício em celular que pode prejudicar a saúde.

“O nome foi criado a partir do inglês da Inglaterra, que quer dizer “no + mobile + phone + phobia”, ou seja, fobia de ficar sem o telefone celular. É uma situação em que o sujeito fica absolutamente angustiado de se ver em uma condição onde ele não tem acesso ao celular ou ao sinal, tendo uma angústia de ficar offline”, afirma a psicóloga.

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Segundo Mallard, os eventos que o usuário teme não são muito improváveis, de modo que parte dele não é irracional. O que é irracional é o grau de desconforto que os usuários sentem com a ideia de estarem, de fato, separados de seus smartphones.

Em um estudo de 2008, pesquisadores relataram que 53% dos usuários de celulares se sentiam ansiosos quando não podiam usar seus telefones celulares e mais da metade nunca desligava seus telefones. Estudos subsequentes descobriram que os números aumentaram desde então.

“Ainda não é uma doença descrita nos livros de patologia. Na verdade, isso é um neoligismo que foi criado para falar disso, mas não está no DSM (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), e não dúvido que em breve estará”, ressalta.

O vício em smartphones é um “problema do primeiro mundo” que não mostra sinais de desaceleração, independentemente da idade. E embora possa parecer bobo – você pode realmente estar viciado em um dispositivo móvel e sofrer com as implicações reais deste quadro. “Falar desse fenômeno não nos ajuda muito em resolvê-lo, porque eu acho que a gente tem que pensar o por que do fenômeno da Nomofobia, por que a gente chegou nesse ponto”, questiona.

Assista à entrevista na íntegra no Tom Maior #60