O secretário municipal de finanças, Jeovalter Corrêa, esteve na Câmara de Goiânia nesta quarta-feira para responder questionamentos sobre a situação financeira da prefeitura. Por mais de uma hora e meia, o novo auxiliar de Paulo Garcia prestou esclarecimentos. Ele informou que atualmente a dívida é de R$ 334 milhões e que a prefeitura tem um déficit mensal de R$ 34 milhões. Para normalizar a situação, Jeovalter afirma que é necessário uma reforma administrativa, buscar recursos em Brasília, e também contrair alguns empréstimos. Na reunião com os vereadores, o secretário afirmou que espera deixar a contas no azul até o final deste ano.
Antes da sessão extraordinária, a líder do governo na Câmara, vereadora Célia Valadão, ressaltou a boa vontade do secretário em atender o chamado da Casa. “Eu vejo a vinda dele de maneira bastante positiva, uma vez que o secretário Jeovalter assim que assumiu a pasta colocou-se a disposição para vir à Casa, assim que nós entendêssemos que seria viável,” afirma.
O autor do requerimento que levou Jeovalter à Câmara, o vereador Djalma Araújo, aponta quais são suas principais dúvidas sobre as contas do município. “Primeiro nós vamos falar das dívidas das prefeituras, depois nós vamos falar da gestão dele no Ipasgo, que ele deixou alguns rastros por lá. Nós queremos perguntar por que a prefeitura tem um contrato com uma empresa de transportes que começou em R$ 4 milhões e hoje é de R$ 50 milhões. Nós precisamos perguntar como a prefeitura está usando os fundos para pagar folha, como que a prefeitura gasta R$ 19 milhões com call center e como que a prefeitura gasta tanto com outros contrários superfaturados que não servem para nada,” enumera.
Após a sessão, o secretário de finanças comentou sobre a sabatina dos vereadores goianienses. “Eu vejo dentro da normalidade. Eu acho que os vereadores fizeram os questionamentos que tiveram que ser feitos. Eu vim aqui pedir o apoio, pois sem o apoio da casa a gente não consegue fazer os projetos,” diz.