Na última terça-feira (6), o jogador de futebol Manolo Portanova foi condenado em primeiro grau pelo Tribunal de Siena, na Itália, a seis anos de prisão por envolvimento em um estupro coletivo contra uma mulher, no ano passado.

“O que devo dizer? Sou inocente”, alegou o atleta italiano, de 22 anos, ao ser questionado sobre o caso na saída do tribunal. Já a vítima, aos prantos, comemorou a sentença e afirmou que “a justiça acreditou em mim”.

O crime aconteceu em maio de 2021, quando Portanova e outros três – seu tio Alessio Langella, 23, e dois amigos, Alessandro Cappiello, 25, e um jovem não identificado de 17 anos – abusaram de uma estudante de 21 anos durante uma festa em um apartamento em Siena, na região da Toscana, próximo a Florença.

Filho do ex-zagueiro Daniele Portanova, com passagens por Napoli, Bologna, Siena e Genoa, o meio-campista está vinculado a um dos ex-clubes do pai, o Genoa, com o qual tem contrato até junho de 2024. Manolo foi revelado pela Juventus, em 2018, e negociado em definitivo com a equipe de Gênova em 2021.

Foto: Divulgação/Genoa CFC

Ao lado do seu tio, Portanova solicitou um julgamento rápido, sem a participação de um júri, e ambos foram condenados a seis anos de prisão. A sentença também inclui o pagamento de 120 mil euros (cerca de R$ 657 mil) de indenização à família da vítima.

A solicitação, de toda forma, não é uma admissão de culpa, e o jogador pode recorrer. Segundo o jornal La Repubblica, a princípio, o Genoa não irá suspender o contrato de Portanova, que deve ser relacionado para a partida de amanhã (8), pela 16ª rodada da Serie B, a segunda divisão do Campeonato Italiano, contra o Südtirol.

Em nota ao La Repubblica, o clube ressaltou que “a condenação de Manolo Portanova é um caso até então inédito no mundo do futebol italiano. Não há precedentes, e estamos estudando como nos comportar, partindo sempre do pressuposto de que este foi apenas o primeiro grau do julgamento e, até a sentença final, a presunção de inocência se aplica”.

Nas redes sociais, o Genoa tem sido alvo de protestos por conta da posição. Recentemente, o clube fez uma publicação como parte da campanha sobre violência contra mulheres, promovida pela liga de futebol italiana.

Leia também