Presidente do Ipasgo, José Taveira, afirma em entrevista à Rádio 730, que dos órgãos que atuou no Estado, o Ipasgo foi o mais difícil. Segundo ele, a entidade tinha uma arrecadação mensal de R$ 60 milhões, uma despesa média em torno de R$ 70 milhões e um déficit acumulado de R$ 416 milhões.
De acordo com Taveira, R$ 304 milhões eram faturas referentes aos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2010 com redes de prestação de serviços e o restante eram com fornecedores de mão-de-obra terceirizada. “Era uma situação de total descalabro administrativo e financeiro”.
A primeira ação da administração foi tentar equalizar as despesas. “O problema do Ipasgo era de gestão”. José relata quem no primeiro momento foi identificado que o déficit guardava uma relação com a população dos agregados, que tinha 600 mil usuários, desses, R$ 300 mil eram titulares. Já os agregados somavam os outros R$ 300 mil.
Segundo o presidente, os titulares geravam em despesas um superávit de R$ 5 milhões por mês e os agregados um déficit em torno de R$ 12 milhões. “Os R$ 12 milhões anulavam os R$ 5 milhões e remanescia um déficit entre 7 e 10 milhões”.
Para sanar o problema, uma empresa de atuária foi contratada, um projeto de lei elaborado e enviado ao Governo do Estado para discussão, em seguida para a Assembleia Legislativa de Goiás. Segundo Taveira, após a aprovação, o órgão entrou em um regime mensal de superávit.
Sobre as Unidades de Tratamento Intensivo, José explica que há dois grupos de UTI dentro do Ipasgo, a própria que integra a estrutura do hospital e a terceirizada (alugadas). Para resolver o impasse, foram fixadas cotas diárias paras as unidades, no total há 316 cotas disponibilizadas. Ele explica que as UTIs próprias se enquadraram no novo modelo, ao contrário as terceirizadas que internavam acima do quantitativo para elas destinado. Com isso, foi cortado o faturamento além da cota. “Nós tivemos o cuidado de acompanhar isso diariamente. Vamos impor normas rígidas e duras de controle desses gastos”.