Após dois jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro da Série B, o Atlético voltou a vencer na última quinta-feira (6) ao derrotar o Guarani por 1 a 0 no Estádio Antônio Accioly. No entanto, apesar dos três pontos, a atuação do time dentro das quatro linhas não agradou e não vem agradando há algumas partidas. Tanto que, diferente da campanha no Goianão, o Atlético ainda não emplacou uma sequência de vitórias no Brasileiro.

Em entrevista à Sagres 730, o presidente do Conselho Deliberativo do Dragão, Jovair Arantes, revelou que acredita que falta a equipe rubro-negra mais um jogador de marcação no meio-campo.

Jovair Arantes (Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

“Eu continuo com a mesma tese do ano passado, de que tá precisando de uma contenção maior para dar mais sossego para a defesa. A zaga está jogando muito apertada. Tem que melhorar a marcação na cabeça da área, o passe na saída de bola, na ligação defesa-ataque e parar de dar chutão. Time de qualidade não dá chutão, tem integração entre todos os jogadores e eles vão tocando até chegar na área e é isso que tem que fazer. Pela habilidade dos jogadores que nós temos, dá pra fazer isso”, destacou.

O dirigente comentou também a situação do técnico Wagner Lopes e do elenco atleticano. Para Jovair, não só o treinador está pressionado por bons resultados, mas também a diretoria.

“É evidente que o Wagner está pressionado, os jogadores estão e nós da diretoria também estamos, porque você paga em dia, busca recursos e alternativas para fazer o trabalho que o Atlético faz em todos os seus setores de administração até chegar ao grupo de jogadores que recebe em dia e recebe bem. Nós todos estamos pressionados e ele é o comandante da equipe e ela precisa voltar a jogar bem, é evidente que ele está pressionado. É necessário que o Wagner esteja assim e nós também precisamos sentir essa pressão para trazer mais jogadores também porque ele não faz milagre só com o que tem. Tá faltando um volante, é nítido”, disse.

Com dois volantes experientes, como Moacir e Pedro Bambu, o Atlético também tem à disposição em seu elenco para o setor o jovem Diego Fumaça, destaque do Goiânia no estadual, e os recém-contratados André Castro e Kauê.

Mesmo assim, o ex-deputado acredita que o time sente falta de Washington, volante titular durante o título do Goianão e que deixou o clube no dia 16 de maio após “problemas internos”.

“Tá sentindo sim a falta do Washington (o time), ele faz falta ao grupo hoje porque já estava entrosado. Faz uma certa falta, mas ele teve um problema que nós não podemos deixar o time refém de nenhum jogador. O Atlético não é refém de mim, nem do presidente e de ninguém. Nem de sua torcida o Atlético pode ser refém, nenhum clube pode ser refém de jogador. Deu um problema? O jogador é importante? É, mas dá para continuar? Não dá, então tem que fazer uma reposição e nós estamos buscando isso”, explicou.

Agora, Wagner Lopes terá um tempo bom para “reorganizar” a equipe. O último jogo do Atlético na Série B será na próxima terça-feira (11) contra o Cuiabá, na Arena Pantanal. Depois, só voltará à campo no clássico contra o Vila Nova dia 13 de julho. Por isso, será fundamental uma vitória contra o time mato-grossense para que o elenco trabalhe com tranquilidade neste período sem jogos.

No entanto, para ficar com os três pontos em Cuiabá, o Atlético precisará jogar “para frente”. Pelo menos é o que observa Jovair Arantes.

“Não é fácil ganhar fora neste campeonato. O que eu não admito no futebol é treinador jogar para empatar, resolve o quê para o Atlético um empate? No ano passado, o Atlético jogou para empatar com dois times aqui no Accioly e deixou a classificação ir embora por conta disso. Não adianta jogar para empatar. Ganha um e perde outra, melhor do que empatar três ou quatro. Você empata três para conseguir três pontos e com um vitória já alcança isso, então é melhor ir para cima. O clube que joga para frente nessa Série B, ele ganha. O Vila dá muito certo quando joga fora por isso, porque vai para cima”, analisou o dirigente atleticano à Sagres 730.