O juiz Rodrigo Rodrigues Prudente atendeu a pedido do Ministério Público (MP-GO) e condenou o ex-chefe da seção administrativa do Instituto de Previdência de Valparaíso de Goiás (Ipasval), Rogério Silva Teixeira, suspeito de realizar uma série de desvios de verba pública no ano de 2009, cujo valor chega a R$ 1.023.899,73. Também foram condenados a irmã e o cunhado de Teixeira, Letícia Tereza Gomes Saraiva Miranda e José Geraldo da Silveira, que teriam participado do crime.

De acordo com a ação, proposta pelo promotor de Justiça Daniel Naiff da Fonseca, Rogério Silva Teixeira foi nomeado para o cargo de chefia em junho de 2008. Entre as funções desempenhadas por ele estava o fechamento da folha de pagamento do órgão. Conforme apurado pelo MP, para a execução das folhas de pagamento, três senhas eram necessárias, sendo a primeira para envio do arquivo ao banco e as demais para confirmação e autorização, respectivamente. As senhas eram de responsabilidade de seus superiores hierárquicos, mas foram repassadas a Rogério Teixeira com o intuito de agilizar todo o trâmite da emissão das folhas de pagamento.

Em janeiro de 2009, ele teria utilizado senhas para realizar saques por meio da folha de pagamento da autarquia, em nome de servidores que não mais tinham direito ao benefício. De janeiro de 2009 a setembro de 2010, Rogério teria realizado depósitos em nome de Letícia e do marido dela, José Geraldo e, posteriormente, a partir de agosto de 2010, na conta de Maria de Lurdes, mãe de Letícia, da qual ela possuía o cartão e a senha. 

Em outubro de 2010, o controle interno do Ipasval detectou certas irregularidades, as quais culminaram na constatação dos desvios feitos por Rogério, que chegaram a um valor superior a R$ 1 milhão.

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