Aconteceu nesta sexta-feira (6) no 1º Tribunal do Juri, a audiência preliminar de instrução, para ouvir a vítima, o acusado e as testemunhas do caso da caixa Mara Rúbia Guimarães, 27, que teve os olhos perfurados pelo ex-marido ciumento.
A vítima depois por cerca de 1h10 e se emocionou várias vezes ao relatar as agressões que sofria do ex-companheiro. Ao final do depoimento, ela disse o que espera do julgamento. Eu só quero que a justiça seja feito. Eu não quero vê-lo. Óbvio que ele vai argumentar. Quem teve a capacidade de fazer o que ele fez, tentar me matar, não vai mentir para se defender?,” pergunta.
Mara Rúbia relata que na terça-feira (4) um motoqueiro desconhecido foi até ao comércio da irmã dela, procurando por ela. No momento, em que a mulher chamou à polícia, o homem fugiu na moto, deixando até o capacete para trás.
Durante a tarde o juiz ouviu a tia de Mara, Maria Francisca Mori, e o irmão dela, Mário Lázaro, e outras quatro testemunhas do caso.
O acusado, Wilson Bicudo, também prestou depoimento. Ele alegou arrependimento, e disse que quando percebeu a gravidade do fato, ficou preocupado, e chamou a amiga de Mara Rúbia. “Eu não sei porque isso aconteceu, mas eu não tive a intenção de matar”, disse. Bicudo alegou ainda que o fato de ter se entregado à justiça revela seu arrependimento. “Eu confio na Justiça do homem e de Deus”, afirmou.
O homem negou que teria ameaçado a ex-companheira e o filho do casal. Ele admitiu ter empurrado ela, mas negou que a espancou. “Eu nunca coloquei a mão nela, eu só dei um empurrão e fez um galo na cabeça dela,” relatou.