A Procuradoria Geral do Estado (PGE) irá apresentar defesa para obter a cassação ou a suspensão da liminar deferida pela juíza Luciana Laurenti, da 4ª vara da Justiça Federal em Goiás, que questiona o empréstimo de R$ 3,7 bilhões, concedido ao Estado pelo governo federal para sanear as contas da CELG.

A primeira parte do empréstimo, no valor de 1,2 bilhões, que seria destinado para o pagamento de dívidas junto ao setor elétrico, ficará retida em juízo até que a ação seja julgada.

Após a decisão, o Procurador Geral do Estado, Anderson Máximo, alertou que, caso o Estado de Goiás não consiga o dinheiro destinado pelo Governo, os problemas financeiros da estatal poderão ser mais graves.

“A empresa já vem se arrastando a muito tempo. O trabalho da procuradoria é técnico e como cidadãos goianos temos que tentar salvar a maior estatal goiana”, disse. “A situação é muito grave”, alertou ainda.

O procurador de Justiça do Ministério Público Federal (MPF), Cláudio Drewes, propôs a ação questionando origem da dívida da Estatal, a capacidade de endividamento do Estado e a destinação do dinheiro repassado pela Caixa Econômica Federal. Ele diz estar satisfeito com a decisão parcial. “Entendemos que foi uma decisão positiva para o que pretendemos com o processo”, avaliou.

Após a notificação oficial, o estado de Goiás e a União terão cinco dias para apresentar a defesa.