O fracasso do Vila Nova no Campeonato Goiano, em que acabou rebaixado para a Divisão de Acesso com uma rodada de antecedência, foi bastante creditado na conta dos cartolas colorados, que mais uma vez mostraram extrema dificuldade para contratar jogadores e formar um elenco competitivo. A torcida não engoliu a péssima campanha do time e chegou a pichar os muros do estádio Onésio Brasileiro Alvarenga em forma de protesto, pedindo o desligamento de alguns diretores.
Dentro desses protestos, os nomes mais contestados pela diretoria são dos diretores de futebol Newton Ferreira e Lúcio Antônio. Dentro disso, o diretor de patrimônios do clube e homem influente nos bastidores, Leonardo Rizzo, não crê que a culpa por tudo tenha sido somente do departamento de futebol. “Não dá para culpar A ou B, nada em um clube de futebol é particular. É um erro coletivo, estamos em outro departamento mas todos nós colaboramos e nos sentimos fracassados quando as coisas não vão bem”, comenta.
Lamentando a queda do time, o diretor admite a falha do grupo de diretores em evitar o acontecido. “Nós erramos e por isso não conseguimos nossos objetivos. Faltou dar mais atenção ao departamento de futebol, que naturalmente exige mais. Tínhamos um foco no início da competição e não conseguimos alcançá-lo, então, temos que dar o braço a torcer e rever o que precisa ser mexido. As coisas não estão funcionado e precisamos rever”, comenta.
Leonardo não entrou em detalhes quanto as mudanças que deverão ocorrer no clube, mas revelou que atitudes serão tomadas. “É preciso que se faça alguma coisa. O rebaixamento provou que a forma como estamos levando as coisas não está correta. Dentro disso, precisamos rever o que não está acontecendo da melhor maneira e alterar, basicamente é isso. O grupo que administra o Vila é muito unido, então todas as mudanças propostas serão levadas e discutidas no Conselho do clube. Ouviremos todos e conversaremos para o que pode ser feito”, revela o diretor.
Apesar de Leonardo Rizzo não confirmar, a tendência é que o Conselho decida por substituir os nomes que estão no departamento de futebol, principalmente o de Lúcio Antônio. Inclusive, o ex-diretor de futebol do Tigrão, Elísio Francisco, que comandou o departamento juntamente com Hugo Jorge Bravo em 2013, já teve algumas conversas com diretores do time. Uma volta dele é bem vista do clube e figura hoje como opção mais provável na reformulação que está por vir.
Sobre isso, o diretor desconversou e preferiu não abrir o jogo. “Não temos definição sobre isso. O Elísio fez um bom trabalho junto com o Hugo Jorge na ocasião em que esteve à frente do time, e sempre terá as portas do clube abertas para ele, temos que considerar essa possibilidade. Eu não tenho preferência por nomes, quero é ganhar, independente de quem esteja no comando. Mas pela história que ele tem e pelo apoio que vem dado ao nosso grupo, é um nome a ser considerado, caso uma mudança no futebol seja bem vista pelo Conselho”, analisa.