Najara Araújo/Câmara dos Deputados

O recesso do Congresso Nacional encerrou e os deputados retornam às atividades na Câmara nesta terça-feira (6). O segundo turno da proposta está previsto para começar a ser votado nesta terça-feira (6). O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL), disse em entrevista à Sagres 730 que, dos 359 deputados que votaram a favor do texto-base no primeiro turno, a maioria deve manter o texto.

“Todas as questões foram superadas nos destaques no primeiro turno, isso demostra uma estabilidade”, afirmou o líder. A oposição tem direito a apresentar nove destaques chamados supressivos, ou seja, para retirar trechos da PEC já aprovada em primeiro turno. Para o Major Vitor Hugo o único tema que gerou maior “tensão” foi em relação à pensão, mas que “foi resolvido e construído um acordo dentro do texto”.

{source}
<iframe width=”100%” height=”166″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/661926962&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true”></iframe>
{/source}

Estados e municípios

A expectativa é que o Senado reinclua estados e municípios e encaminhe as modificações à Câmara por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) paralela. Há uma expectativa de que sejam reinseridos na reforma, para que possa corrigir o deficit previdenciário. Segundo o líder do governo na Câmara, existe uma tendência que o debate seja mais “fluido” e para ele seria bom para o país que isso acontecesse, “porque a economia referente aos Estados e municípios giram em torno de R$ 350 bilhões em 10 anos”.

“Para o país é bem significativo e sabe que, no médio e longo prazo, essa dívida poderia impactar os cofres da União”, avaliou. “Porque muitos Estados recorrem a União quando vem apertado na questão fiscal, o governo mandou inicialmente com os estados e municípios incluídos na sua proposta, mas como eu falei, não houve clima na Câmara, mas quando voltar do Senado pode ser o novo momento”, completou.

PSL

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL), ressaltou que o partido sai mais unido, após a votação da reforma da Previdência. “A própria dificuldade da votação da previdência acabou nos aproximando”, afirmou. Ele disse ainda, que sua relação com o Delegado Waldir também melhorou.

“O Waldir sendo líder do PSL, a maior bancada para o governo na Câmara, já não era nem coerente que tivesse qualquer tipo de divergência”, disse. “As dificuldades dentro da votação, como por exemplo, nós enfrentamos juntos na CCJ, depois na Comissão Especial, enfrentando também dificuldade dentro do plenário da Câmara”, revelou.