(Foto: Alego)
O líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, Talles Barreto, chegou a fazer críticas ao excesso de benefícios fiscais concedidos a empresas em Goiás durante os últimos cinco anos de governos de Marconi Perillo e José Eliton. O deputado é membro titular da CPI dos incentivos fiscais e, em alguns momentos, chegou a fazer dobradinha com o relator, Humberto Aidar (MDB), para colher depoimentos de empresários.
Talles dava total apoio ao trabalho da CPI e aos projetos apresentados pelo relator da comissão em entrevistas e nas participações durante as reuniões. No entanto, o deputado usou a tribuna e fez discurso que marcou mudança de posição. Passou a defender o que chama de “manutenção de empregos” em Goiás.
“Aqui nós temos que defender e vamos defender o povo, quem tem um emprego, não tenha dúvida disso”, avaliou. “A CPI vem para corrigir algumas irregularidades, por exemplo esse crédito moeda, não justifica tê-los vamos fazer o rompimento dessa facilidade que dava para empresário, antecipar créditos outorgados não existe”, completou.
Talles Barreto ressaltou também que não pode dar “insegurança jurídica” aos empresários que investiram em Goiás e nem colocar em risco novos investimentos que possam vir para o Estado. “Estamos falando de empresas e das pessoas que vivem e trabalham através dessa geração de empregos. Em 1998, o PIB de Goiás era R$ 17 bilhões, hoje está mais de R$ 230 milhões, nós sabemos que temos que preservar o emprego as pessoas”, disse. “Eu estive visitando o Vale São Patrício eu sei o quanto é importante a manutenção do álcool anidro, em relação àquelas empresas porque ali nós estamos gerando mais de 8 mil empregos na região, se você afetar e tiver uma exoneração desses servidores e dessas empresas isso afeta todos os mecanismos de comércio da região”
O líder da bancada pontuou que precisa ter cuidado na CPI para não criar essa insegurança jurídica e saber defender o trabalhador. “Esse é objetivo maior e estamos atuando em preservar os empregos, não tenham dúvida vamos trabalhar incisivamente em cima dos membros e não deixar que o governo possa fazer pressão também a parlamentares para poder arrecadar mais”, afirmou.
*Reportagem de Rubens Salomão