O vice-governador de Goiás, até 31 de dezembro deste ano, e deputado estadual eleito, Lincoln Tejota (União Brasil) projeta o cenário político para as eleições municipais de 2024 e garante, em entrevista à Sagres, que estará “à disposição” para a disputa à prefeitura de Goiânia. Lincoln adiciona ainda que, se realmente entrar na disputa na capital, pretende fugir de campanha genérica sobre a cidade e atacar diretamente os problemas, com a indicação de como a solução seria bancada dentro do orçamento.
A iniciativa do deputado eleito representa concorrência interna na base de Ronaldo Caiado (UB), já que o atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), contou, também em entrevista exclusiva à Sagres, ter acordo antecipado com o governador para receber o apoio do Palácio das Esmeraldas em eventual busca pela reeleição, daqui dois anos. “Goiânia hoje está carente de bons nomes”, avalia Lincoln. “Se chegar a oportunidade, eu quero sim colocar meu nome à disposição. Eu tenho o sonho de ser prefeito de Goiânia”, afirma.
“Se meu nome chegar lá como um dos que tem competitividade, eu não fujo dessa batalha. Agora, não é algo que eu esteja planejando ou cavando agora. Estou preocupado com meu mandato, com as entregas, que são várias, que ainda vamos fazer até dezembro com o programa Goiás de Resultados. Está tudo aberto. Eu não falo que vou disputar e nem que não vou apoiar o Rogério Cruz. O Rogério é um amigo e tem o apoio da gestão do governo. Eu quero esperar o momento mais correto para tomar essa decisão”, avalia Lincoln.
À justiça
A Federação PSDB-Cidadania em Goiás, que teve em Goiás a candidatura do ex-governador Marconi Perillo ao Senado, entrou com ação nesta quinta-feira (26) junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) contra a campanha do senador eleito, Wilder Morais (PL), por suposto abuso de poder econômico nas eleições deste ano.
Sob risco
O processo é encabeçado pelo advogado José Eduardo Rangel de Alckmin, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação parte da promoção da “picanha mito” promovida no dia do primeiro turno, em que o “Frigorífico Goiás” vendeu peças da carne ao preço de R$ 22.
Números
Em participação no Programa do Ratinho, do SBT, Leandro da Nóbrega, proprietário do estabelecimento, disse que chegou a vender 22 mil toneladas da peça em apenas um dia, sendo que o quilo da picanha custa normalmente R$ 129 na mesma empresa. A diferença seria superior a R$ 2,3 milhões. O empresário é citado como polo passivo do pedido de investigação.
Pedido
O deputado estadual Max Menezes (MDB) retomou requerimento para a transferência do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O documento foi apresentado nesta semana na Assembleia Legislativa de Goiás.
Antigo
A pauta é uma das principais demandas de moradores e do setor empresarial, sobretudo da região Leste da cidade. O parlamentar aponta que o Complexo Prisional está em local de expansão industrial de Aparecida, o que pode impedir o crescimento econômico do município.
Tramitação
Depois de apresentado, o requerimento passa pela análise jurídica e é encaminhado ao governador Ronaldo Caiado. “A retirada pode promover geração de recursos, emprego e renda para a nossa cidade”, diz.
Programa fiscal
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia aprovou por unanimidade o projeto do Paço que prevê o “Programa de Recuperação de Créditos Tributários, Fiscais e Não Tributários” do exercício fiscal de 2022, também conhecido como Refis.
Dívidas
A matéria prevê “redução da multa moratória, da multa punitiva e dos juros de mora dos débitos tributários, fiscais e não tributários, para débitos consolidados ou não, de 99%, no caso de pagamento à vista”.
Impostos
Os tributos que poderão se beneficiar do Refis são: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU/ITU), Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Forma
Segundo o texto, o desconto será de: 90%, no caso de parcelamento em até 20 vezes; 80%, de 21 a 40 parcelas e 70%, se o valor for parcelado entre 41 e 60 vezes. Os parcelamentos poderão ser realizados em até 60 vezes mensais, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a cem reais.